Exploração da camada pré-sal representa um marco para o setor, diz executivo da Ceva.

O campo gigante com capacidade estimada de até 8 bilhões de barris que a Petrobras descobriu na bacia de Santos, no final de 2007, está trazendo para o Sudeste brasileiro o foco de armadores e operadores logísticos que atuam no transporte de cargas especiais.

Enquanto em outras regiões do País o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tem garantido os investimentos, na região Sudeste é a infraestrutura do pré-sal que atrai os grandes players. A demanda do pré-sal é altíssima, serão necessários sondas, plataformas, embarcações de apoio offshore e equipamentos que não estão disponíveis e precisam ser transferidos internacionalmente ou até mesmo construídos, disse ao Guia Marítimo o gerente de Projetos da Ceva Logistics Brasil, Cleber Silva.

A exploração da camada pré-sal representa um marco para o setor de cargas de projeto, pois não tem empresa que atue na cadeia produtiva do petróleo no mundo que não esteja com suas estratégias voltadas para o Brasil, continua o executivo da Ceva.

No primeiro trimestre, a Wilson, Sons registrou aumento de 59% na movimentação de equipamentos offshore. Segundo o diretor Financeiro de Relações com Investidores da empresa, Felipe Gutterres, o segmento vem crescendo muito fortemente e já representa o terceiro Ebtida da companhia.

Ontem, dia 23, a Chevron iniciou a sua primeira produção de petróleo no Brasil, no campo de Frade, na bacia de Campos. O investimento no campo é estimado em US$ 3 bilhões, sendo 51,7% da Chevron, operadora do campo, e 30% da Petrobras. O restante, ou 18,3%, pertence a acionistas da Frade Japão Petróleo Ltda.
Fonte: Guia Marítimo