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Clippings - 02/07/09

Embaixador chinês quer ampliação da parceria com o Brasil

DCI – A4

BRASÍLIA – O Brasil e a China devem aprofundar a cooperação para impulsionar o comércio e o desenvolvimento dos dois países, o que fará com que as duas nações saiam antes da crise econômica mundial, afirmou o embaixador chinês em Brasília, Qiu Xiaoqi.

Em declarações à Ansa, o diplomata ratificou também a importância da relação entre os dois países, como economias emergentes.

Relembrando a viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a Pequim em maio passado – ocasião em que foram firmados diversos acordos financeiros – Qiu Xiaoqi garantiu que os organismos chineses estão prontos para diversificar o comércio com Brasil e para consentir créditos e financiamentos entre os países.

Entre os principais acordos estabelecidos pelo presidente brasileiro e seu homólogo chinês, Hu Jintao, está o empréstimo de US$ 10 bilhões à Petrobras. A estatal também acordou fornecer petróleo por dez anos a refinarias chinesas.

Já o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho, que também esteve no encontro, disse que o governo brasileiro quer diversificar o comércio com a China. Ramalho pontuou que atualmente 70% das exportações brasileiras para a China são produtos básicos, como soja e minério de ferro, enquanto os manufaturados correspondem a apenas 30%.

Nós acreditamos que as oportunidades são muitas para os produtos industrializados brasileiros. Nossa expectativa é diversificar as exportações brasileiras para a China, afirmou o secretário, que avalia que o Brasil não perdeu mercados para os produtos chineses nos Estados Unidos, Argentina e México, grandes parceiros comerciais.

Para ele, a queda das exportações brasileiras para estes três países ocorreu porque eles importam principalmente produtos industrializados, setor mais afetado pela crise econômica.

Como a China compra produtos básicos do Brasil, a venda para outros países como EUA e Argentina caiu. E com a China não. Neste ano ela passou à frente da Argentina e dos Estados Unidos, comentou o secretário, referindo-se ao fato da China ter se tornado o principal parceiro comercial brasileiro.

Ramalho também anunciou que no segundo semestre de 2009 uma delegação brasileira voltará à China para participar do World Economic Forum, com o objetivo de negociar novas pautas de exportações. Ele acredita também na adoção da troca em moeda local entre os dois países.