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Clippings - 18/09/24

OSX projeta novas oportunidades ligadas ao offshore

Com aquecimento do setor de O&G, empresa instalada no Porto do Açu (RJ) olha para atividades associadas ao descomissionamento, reciclagem e projetos de eólicas offshore

A OSX Brasil está confiante de que o aquecimento das atividades da cadeia de petróleo e gás offshore ampliem as oportunidades de negócios nos próximos anos. A avaliação da empresa é que a atracação de plataformas no complexo portuário e industrial do Açu para preparação para reciclagem traz uma série de oportunidades ligadas ao descomissionamentos. A OSX também acredita que há um grande potencial nas áreas de energias renováveis para empresas que atuam no complexo, localizado em São João da Barra (RJ), no norte fluminense.

O diretor presidente da OSX Brasil, Thiago Lemgruber, destacou que 80% da demanda na área da OSX têm sido para o mercado de O&G, para o qual o complexo do Açu é vocacionado, sobretudo em razão da logística de apoio marítimo offshore para o norte da Bacia de Campos. Lemgruber citou o aumento da produção e da quantidade de novas plataformas implantadas na bacia do pré-sal, que demanda cadeia de suprimentos cada vez mais robusta, ágil e eficiente.

Ele afirmou que o Açu está se transformando numa espécie de ‘Macaé 100% privada’, no sentido de planejamento integrado e sinergia entre players dentro do porto, com atividades como fábricas de flexíveis, base de apoio logístico e unidade de tratamento ambiental de resíduos. Segundo o presidente da OSX, as características vêm contribuindo para a atração de novas atividades para o complexo da Prumo Logística. “Na OSX, estamos envolvidos com o processo para fazer reciclagem verde dentro do complexo, uma das oportunidades de O&G”, disse Lemgruber, nesta terça-feira (17), durante o fórum ‘Sudeste Export’, em São Paulo (SP).

Em julho, a OSX e a empresa indiana Priya Blue assinaram um acordo para desenvolver um estaleiro de descomissionamento e reciclagem verde na área da ‘OSX Açu’, espaço da OSX no Porto do Açu. Na ocasião, a OSX informou à Portos e Navios que o empreendimento deve destinar uma área de aproximadamente 50 mil metros quadrados (m²) para atender à crescente demanda do mercado de descomissionamento offshore da América do Sul, em especial da Bacia de Campos. O cronograma depende das oportunidades de mercado que estão sendo estudadas pelas duas parceiras.

Eólicas offshore
No evento de hoje, Lemgruber acrescentou que a OSX está atenta às oportunidades em razão da disponibilidade de ventos no norte do rio, próximo da costa, em profundidades baixas, para atender futuramente eólicas offshore. A localidade próxima ao Açu concentra grande parte dos parques em estudo no país, assim como áreas no Rio Grande do Sul e no Nordeste.

Atualmente, existem mais de 40 gigawatts (GW) de projetos com licenciamento solicitados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Esses projetos, no entanto, ainda dependem do avanço do marco regulatório para serem viabilizados. “Estamos ansiosos para que avance e gere demanda. A partir dessa infraestrutura que já está sendo implantada lá [no Porto do Açu], estamos prontos para atender a esse mercado ligado à transição energética”, projetou Lemgruber.

Fonte: Revista Portos e Navios