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Clippings - 19/09/24

Petrobras avalia revitalizar em vez de desmantelar algumas plataformas

A empresa estuda ampliar a vida útil de unidades até então incluídas em seu plano de descomissionamento. O número de revitalizações é pequeno frente aos 50 ativos dos quais pretende se desfazer. Ainda assim, a petrolífera espera reduzir custos.

Porto do Açu tem contrato com Petrobras para acostamento de 3 plataformas flutuantes para descomissionamento (Foto: Porto do Açu)

A Petrobras está revendo o seu plano de descomissionamento de plataformas. Em vez de desmantelar, a empresa avalia revitalizar algumas delas, numa tentativa de reduzir custos e alongar a curva de projetos a serem reutilizados por outros segmentos econômicos. A mudança de programação, no entanto, vai abranger um número pequeno de ativos, considerando um universo total de mais de 50 unidades na fila de descomissionamento no longo prazo.

“Ainda estamos fazendo estudos de quantas serão. Vamos poder fazer alguns revamps (melhorias), mas isso depende de análise econômica. É uma reutilização delas (plataformas) em outros projetos”, afirmou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em evento promovido pela FGV.

A revitalização pode ser uma oportunidade para a indústria naval brasileira, e também para ela própria evitar gastos num ambiente de valorização do mercado de contratação de novas unidades produtoras de óleo e gás, segundo a executiva. A estatal parte do princípio de que é alto o passivo de abandono de plataformas, um gasto sem retorno para a empresa.

“A gente investe, põe uma unidade (para produzir) e tem óleo em troca. Esse investimento (em descomissionamento) não tem isso. Então, a gente tem que fazer isso com muita otimização de custo, da melhor forma”, disse a diretora da Petrobras.

Em sua opinião, o processo deve acontecer lentamente, de forma gradativa para garantir o máximo de rentabilidade às plataformas. “Há muitas unidades hibernadas, precisando ser descomissionadas. Temos um passivo muito grande nesse sentido. Vamos trabalhar com engenharia e inovação para fazer isso da melhor forma possível”, ressaltou ela.

Fonte: Revista Brasil Energia