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Clippings - 10/10/24

Bunker One planeja escalar operação com Acelen em Sepetiba

Dinamarquesa encerra ciclo de investimento de olho em novas oportunidades no Brasil

Diretor Comercial da Bunker One, Filippe Fernandez (Foto: Divulgação Bunker One)

A dinamarquesa Bunker One acaba de encerrar um ciclo de investimentos no Brasil que lhe rendeu, nas palavras do seu diretor comercial, crescimento exponencial. A cereja do bolo é a parceria com a Acelen, que abastece embarcações em dois pontos estratégicos – nas proximidades do pré-sal, no Sudeste, e em local de escoamento de exportações, no Nordeste.

Dona da Refinaria Mataripe, na Bahia, a Acelen responde por 14% da capacidade total de refino do Brasil e abastece mais da metade do Nordeste.

A expectativa da Bunker One é continuar crescendo nos mesmos moldes da atual operação na região de Sepetiba, no Rio, iniciada há algumas semanas. 

A maior comercializadora de bunker do mundo se uniu à maior produtora do combustível para navios no Brasil para abastecer embarcações sem necessidade de atracação. A modalidade, segundo a empresa, permite que o fornecimento de combustível não interfira nas operações de carga e descarga nos terminais, otimizando o tempo de espera no porto.

Depois de Itaqui, na Baía de São Marcos, no Maranhão, as duas deram início, em agosto, à segunda operação estratégica, em Sepetiba, conhecida como STS Bunkering no Out of Ports Limits (OPL). O segmento offshore é alvo desta nova opção, localizada próxima aos campos do pré-sal. Embarcações de apoio offshore abastecem sem precisar entrar no porto, reduzindo assim os tempos de espera e os custos operacionais. O objetivo inicial é fornecer 20 mil toneladas de bunker por mês em Sepetiba. 

A região de Sepetiba também é uma alternativa importante para os portos de Santos e Rio de Janeiro e a maioria das rotas do Atlântico Sul Leste.

O diretor comercial da Bunker One, Filippe Fernandez, cita entre os que estão nesta rota aqueles que vêm da Argentina e os aliviadores , que “tinham uma opção [em Angra] e agora tem a opção de Sepetiba também”, reduzindo a espera.

“Nosso próximo passo é escalar a operação de Sepetiba, buscar novos pontos pertinentes, para a modalidade de fundeio externo”, afirmou o executivo, em entrevista à Brasil Energia

A operação em Sepetiba é a segunda entre Bunker One e Acelen. A primeira está localizada em um centro estratégico para o comércio internacional, principalmente para exportações de matérias-primas, como ferro e soja, e para distribuição de produtos petrolíferos no mercado interno. A opção de abastecimento atende a todos os tipos de embarcação e a diversas rotas, entre elas as que têm como origem e destino Europa e EUA. 

“É importante porque aumentou o volume de exportação e o volume de navios. Tem ainda as rotas do Caribe, dos EUA para o Sudeste Asiático, China – antes eles pegavam outros países e agora param conosco para pegar [combustível] em Itaqui”.

De uma balsa para cinco

O fornecimento de combustíveis marítimos na região aumenta o potencial do Complexo Portuário do Itaqui, que cresceu em média 9% ao ano nos últimos cinco anos.

A trajetória da empresa no Brasil inicia-se a partir de uma estratégia de verticalização, iniciada em 2018. Antes, a Bunker One dependia de empresas de navegação que prestavam serviços de barcaças e rebocadores para levar combustível aos seus clientes. Para ter mais controle e segurança das operações, o grupo optou por ter sua própria empresa brasileira de navegação. 

“Temos um crescimento exponencial desde 2019: começamos com uma balsa e hoje temos cinco”, disse o executivo.

A empresa passou a contar, também, com dois navios-tanque. O primeiro deles começou a operar em setembro do ano passado na Baía de São Marcos. O segundo navio-tanque, que tem capacidade entre 15 e 16 mil toneladas, começou a operar há algumas semanas em Sepetiba.

Fonte: Revista Brasil Energia