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Clippings - 24/10/24

Soluções industrializadas e Hisep movimentam fábricas da TechnipFMC no Brasil

Fornecedora global de tecnologias aposta no país para produzir soluções como o tubo flexível híbrido (HFP) e o Subsea 2.0, além do desenvolvimento do protótipo do Hisep em parceria com a Petrobras

TechnipFMC no Porto do Açu (Foto: Divulgação)

A TechnipFMC, fornecedora global de tecnologias de energia, vem apostando no Brasil para produção de soluções subsea com alto nível de inovação. Além do Hisep, projeto de separação e injeção submarina de CO2 que desenvolve em parceria com a Petrobras, a empresa também tem planos de fabricar no país o HFP (hibrid flexible pipe) e ampliar a oferta da plataforma Subsea 2.0, de produtos industrializados e configuráveis já adotada por alguns clientes no país.

De acordo com a vice-presidente executiva de Novas Energias da TechnicFMC, Luana Duffé, o HFP é, basicamente, uma combinação do tubo flexível atual com uma solução de compósito à base de fibra de carbono, altamente resistente às condições de pressão e corrosão encontradas, principalmente, nos campos de pré-sal e em projetos de captura, transporte e injeção de CO2.

Em desenvolvimento há alguns anos – em 2021 a TechnipFMC comprou a Magma, detentora da tecnologia de compósito -, agora a empresa trabalha em conjunto com a Petrobras no plano de qualificação do produto para ser instalado no pré-sal, e tem a intenção de produzir o HFP no Brasil.

“Comparado com o processo fabril que a gente tem hoje do flexível típico, o HFP também emite menos CO2 e vai permitir à Petrobras desenvolver os campos do pré-sal com uma solução definitiva”, afirmou Duffé, completando que, por ter instalação mais eficiente, permite antecipar a produção do primeiro óleo de um campo.

Também capaz de antecipar o primeiro óleo, a plataforma Subsea 2.0 já está sendo produzida na fábrica de equipamentos da TechnipFMC no Rio de Janeiro. Consiste em uma plataforma de produtos industrializados, com componentes pré-projetados, onde o cliente seleciona e configura de acordo com as necessidades do projeto. Segundo Duffé, a solução oferece produtos de maior qualidade, menos variabilidade e menores prazos de fabricação.

“Pensando em 2025 especificamente, 50% das Árvores de Natal que a gente vendeu no mundo inteiro usam essa plataforma, e considerando as dedicadas a águas ultraprofundas, são 70% das árvores usando essa plataforma”, completou.

Hisep

A TechnipFMC é parceira da Petrobras para o projeto, construção e instalação da unidade piloto do Hisep em Mero 3, com operação prevista para 2028. Tecnologia desenvolvida pelo Cenpes, o Hisep vai viabilizar a separação submarina do óleo e gás associados, com injeção do CO2 diretamente no reservatório.

De acordo com Luana Duffé, o centro de gravidade para o desenvolvimento do projeto é o Centro Tecnológico da empresa, instalado na Ilha do Fundão, no Rio, mas todos os ativos da TechnipFMC no Brasil estarão envolvidos, como a fábrica de flexíveis, a spool base de rígidos, a fábrica de equipamentos e a base de serviços.

Entre os focos de desenvolvimento do projeto, Duffé ressalta a industrialização, “um mantra meu”, defende ela. O sistema integrado do Hisep é patenteado pela Petrobras, mas os blocos tecnológicos do sistema – de separação, de bombeio, de distribuição elétrica e de controle – podem ser usados de forma separada ou combinada para outras aplicações, como campos com baixa pressão, campos com óleo um pouco mais pesado, subsea to shore, long tieback, entre outros.

Em entrevista à Brasil Energia, na qual também participou o consultor sênior de Implantação de Projetos de P&D da Petrobras, Fábio Passarelli, Luana Duffé destacou o ecossistema robusto para execução de uma tecnologia brasileira, que envolve a Universidade de Itajubá (Unifei) e fornecedores estratégicos também baseados no Brasil.

Passarelli corrobora e comemora o resultado do projeto. “Além de ter tecnologia com DNA brasileiro, temos todo esse pacote de execuções aqui, com a TechnipFMC no Brasil, com centro de gravidade no Brasil, com diversos subfornecedores do Brasil, que geram empregos e, mais do que isso, geram conhecimento de ponta no país.

Fonte: Revista Brasil Energia