Com descobertas na Bacia da Foz do Amazonas, parte do orçamento exploratório reservado a outras regiões deve ser redirecionado para a perfuração de poços de delimitação da Margem Equatorial
A Margem Equatorial pode ficar com mais do que os US$ 3 bilhões previstos até agora no plano de negócios para o período de 2025 a 2029. Projetos ainda não programados vão ficar com o dinheiro até então reservado para outras regiões caso sejam descobertas reservas, sobretudo, na Bacia da Foz do Amazonas.
Por enquanto, a maior parte do orçamento da exploração está concentrada nas margens do Sul e Sudeste (40%) do país. Ao todo, a exploração vai ficar com US$ 7,9 bilhões dos US$ 111 bilhões previstos para os próximos cinco anos.
Diretora de Exploração e Produção da empresa, Sylvia Anjos afirmou que a Petrobras está “muito próxima” de conseguir a licença do Ibama para explorar a Margem Equatorial.
“Se a gente for para uma área totalmente nova, o processo vai ser muito mais demorado do que o da Margem Equatorial. Os blocos [da Margem Equatorial] foram escolhidos em 2013. Está tudo bem estudado, tem sísmica. Estamos avançando até em mais sísmica. Agora, tem que perfurar para saber. Por enquanto, a perspectiva é perfurar o primeiro poço no Amapá”, disse Anjos.
Nos próximos cinco anos, a Petrobras vai perfurar 51 poços exploratórios para repor sua reserva. Desse total, 15 estão planejados para a Margem Equatorial.
Por enquanto, as únicas descobertas nas águas profundas da Margem Equatorial aconteceram na Bacia Potiguar. Está sendo avaliada a viabilidade econômica dos poços Pitu Oeste e Anhangá. Uma das alternativas é interligar descobertas compartilhando infraestrutura.
Fonte: Revista Brasil Energia