unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 28/11/24

Brava fará projetos-piloto em 2025 para produzir mais na Bacia Potiguar

A petrolífera quer ampliar o fator de recuperação de campos maduros do Rio Grande do Norte com o uso de novas tecnologias. As concessões de Canto do Amaro, Alto do Rodrigues, Estreito, Macau e Areia Branca estão na lista de candidatos à revitalização

Polo Macau, na Bacia Potiguar: concessão está entre as candidatas à revitalização pela Brava (Foto: Divulgação)

A Brava Energia, fusão da Enauta com a 3R Petroleum, pretende aumentar a produção terrestre de óleo e gás natural no Rio Grande do Norte a partir de 2025. O trabalho vai começar com o uso de novas tecnologias em projetos-pilotos. A avaliação é de que há ainda muito a ser extraído dos reservatórios já conhecidos.

No Estado, a empresa opera os campos terrestres de Macau e Areia Branca. No ambiente marítimo, responde por Pescada Arabaiana. Também na Bacia Potiguar, mas no Ceará, a Brava possui o campo Fazenda Belém. Todos são remanescentes da 3R Petroleum.

Da Petrobras, a 3R adquiriu, em junho do ano passado, o Polo Potiguar, formado por três subpolos – Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana. O ativo inclui 20 concessões, das quais três são marítimas e 17 são terrestres.

A aquisição também envolve infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás. A produção média do Polo Potiguar, em 2023, foi de 16,5 mil barris de óleo por dia (bpd) e 37,3 mil m³/dia de gás natural.

“Campos da região, como Canto do Amaro, Alto do Rodrigues, Estreito, Macau e Areia Branca são maduros e estão produzindo há muito tempo. Eles têm uma produção em declínio e a forma de reverter isso é com o uso de tecnologia e inovação. É o que a gente pretende fazer”, afirmou o presidente da Brava, Décio Oddone, durante o evento Mossoró Oil & Gas Energy, no Rio Grande do Norte, em entrevista ao podcast TCM.

Ele destacou que os campos do Nordeste brasileiro têm um fator de recuperação muito inferior ao da média internacional. Por isso, segundo Oddone, “há um espaço muito grande para aumentar a extração desse petróleo”. Esse processo é recente na empresa, porque alguns dos ativos, como o Polo Potiguar, foram adquiridos há pouco mais de um ano.

O presidente da Brava disse ainda ser pragmático ao tratar da transição energética e que a petrolífera vai contribuir com a oferta de hidrocarbonetos por muitas décadas à frente.

“Durante um certo tempo houve uma expectativa de que seria possível se afastar do carvão e hidrocarbonetos de forma rápida, barata e indolor. Isso não é verdade. É impraticável no curto prazo”, afirmou o executivo.

O licenciamento, no entanto, é um gargalo para a indústria de óleo e gás, em sua opinião. Oddone disse ter conversado com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN), sobre o tema. “É um desafio porque o setor público brasileiro tem limitações de mão de obra”, destacou.

Fonte: Revista Brasil Energia