A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apresentou dados promissores sobre o papel do estado do Rio no setor de fertilizantes, com destaque para o investimento em duas novas plantas de fertilizantes nitrogenados, que devem atrair mais de R$ 20 bilhões. O estado, que atualmente contribui pouco para a produção nacional, busca se tornar um polo relevante na área, com projetos em Macaé e no Porto do Açu, além da criação de um Centro de Excelência em Fertilizantes no Parque Tecnológico da UFRJ.
Com mais de 58% da oferta nacional de gás natural, principal insumo para fertilizantes nitrogenados, o Rio de Janeiro reúne condições para liderar o setor. A instalação das fábricas poderá gerar mais de 10 mil empregos durante a construção e 1.300 na operação. A unidade de ureia em Macaé terá capacidade de produzir 1,3 milhão de toneladas anuais, atendendo a 10% da demanda nacional, enquanto uma planta de metanol suprirá metade do consumo brasileiro, utilizando gás natural como matéria-prima.
A publicação “Petroquímica e Fertilizantes no Rio de Janeiro 2024” da Firjan, que será lançada nesta quinta-feira (5), destaca também o impacto positivo de iniciativas recentes, como o Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras, que prevê US$ 900 milhões em investimentos no segmento, e parcerias estratégicas com empresas como a Yara Brasil. O Brasil, maior importador de fertilizantes do mundo, gastou US$ 25 bilhões em 2022 e US$ 15 bilhões em 2023 com importações, evidenciando a necessidade de ampliar a produção local.
Além do foco em fertilizantes, o Rio de Janeiro se destaca na petroquímica, liderando a produção nacional de polipropileno e ampliando sua participação em polietileno. Apesar das tarifas de importação elevadas que impactam a competitividade, o estado é protagonista no mercado de polímeros e na indústria de plásticos. Segundo a Abiplast, o setor de transformados de plástico gerou mais de 363 mil empregos em 2023, consolidando sua relevância na economia nacional.
Fonte: Revista Portos e Navios