Finalista da III Jornada ESG Porto de Santos, projeto reduz riscos e aumenta eficiência operacional em infraestruturas críticas

A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos e as vulnerabilidades de sistemas digitais têm colocado em xeque a segurança de portos e indústrias no Brasil. Foi nesse cenário que a PierSec, uma startup de cibersegurança de Santos pertencente à ZPT Digital, desenvolveu uma solução que combina tecnologia avançada e estratégias de governança para garantir resiliência e continuidade operacional. Finalista da III Jornada ESG Porto de Santos, o projeto ‘CyberPort Security‘ reflete o esforço por maior sustentabilidade e segurança nas operações portuárias.

Essa tecnologia foi criada para enfrentar ameaças como ransomware, fraudes digitais e falhas em dispositivos IoT (Internet das Coisas, em tradução livre). Em julho deste ano, por exemplo, um apagão cibernético atingiu os portos do mundo todo por conta de uma atualização defeituosa do software Crowdstrike. Segundo Alex Vieira, diretor de cibersegurança da PierSec, o projeto é uma resposta direta aos riscos enfrentados pelo setor.

“Os portos enfrentam riscos como ataques de ransomware, falhas em dispositivos IoT, fraudes digitais e interrupções nas operações. O CyberPort Security resolve isso com uma avaliação de maturidade para mapear vulnerabilidades, monitoramento contínuo com IA, segmentação de redes, proteção de dispositivos conectados e planos de contingência para garantir resiliência e continuidade”, detalhou.

Desde sua implementação, houve uma redução de 30% nos incidentes cibernéticos reportados, uma diminuição de 40% no tempo médio de resposta a incidentes (MTTR) e um aumento de 75% no índice de maturidade em cibersegurança. Além disso, o projeto garantiu 95% de conformidade em auditorias externas e alcançou o envolvimento total dos colaboradores em treinamentos e campanhas de conscientização.

A PierSec destaca que a preparação do setor para lidar com ameaças cada vez mais sofisticadas é um dos principais benefícios de sua ferramenta, que combina automação, inteligência artificial e capacitação contínua. “O segredo é combinar automação com inteligência artificial para identificar e responder rapidamente às ameaças, segmentar redes para proteger sistemas críticos e capacitar colaboradores com treinamento constante. Com planejamento, testes de contingência e soluções bem implementadas, é possível manter a segurança sem perder eficiência”, destacou Vieira.

Ele ressaltou que o desenvolvimento do CyberPort Security trouxe importantes aprendizados para a PierSec, que precisou adaptar sua solução às especificidades e complexidades do setor portuário. “Aprendemos que a complexidade do setor exige soluções personalizadas e resilientes. Além de tecnologia, foi fundamental criar uma cultura de cibersegurança com treinamentos. O projeto mostrou que é possível adaptar, inovar e ainda garantir escalabilidade para outros portos e setores”, explicou.

Fonte: Revista Portos e Navios