A Petrobras deverá enviar novos PDs até abril de 2025, após a agência identificar insuficiência de informações importantes nos documentos
A ANP não aprovou, nesta sexta-feira (13), os planos de desenvolvimento (PDs) dos campos de Cavala e Palombeta, bem como das jazidas compartilhadas entre as áreas de desenvolvimento de Budião e Budião Noroeste, Budião e Budião Sudoeste, Agulhinha e Agulhinha Oeste, todos parte do projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP), na Bacia de Sergipe-Alagoas.
A Petrobras deverá enviar novos PDs até o dia 30 de abril de 2025, contendo a identificação de todos os reservatórios com atividades firmes e com cronograma detalhado de estudos e avaliação de upsides. Os novos PDS também deverão conter a determinação da área de desenvolvimento de forma adequada aos projetos firmes.
Segundo a agência, apesar do potencial do projeto à produção nacional, a análise dos PDs demonstrou insuficiência de informações importantes, o que tornou “inevitável” a concessão de novos prazos para a apresentação de novos planos pela estatal.
Entre as insuficiências, está a ausência de informação sobre os FPSOs. Os parâmetros das unidades estão em revisão devido ao revés no processo licitatório. A Petrobras informou à ANP que os consórcios seguem reavaliando os projetos, revisando sua viabilidade e chance de sucesso de cronograma, a fim de realizar uma licitação com maior chance de êxito.
Além desta questão, identificou-se outras insuficiências nos PDs, como ausência de previsão de desenvolvimento de diversos reservatórios; ausência de cronograma de avaliação de upsides identificados; volume de petróleo e gás classificados ainda como recursos contingentes; violação de dispositivo legal sober a demarcação de fronteiras e campos; projetos preliminares com escopo para ainda serem avaliados; e ausência de reserva registrado no Boletim Anual de Reservas (BAR).
Recentemente, a Petrobras lançou a nova licitação de SEAP I e II. O processo prevê a licitação de uma unidade firme para o SEAP II e uma opção de compra de um segundo FPSO similar, com previsão de aplicação para o SEAP I. A previsão é que a unidade firme (SEAP II) entre em operação em 2030.
Os campos de Cavala, Palombeta, Agulhinha e Agulhinha Oeste fazem parte do projeto SEAP I, localizados nas concessões BM-SEAL-11 (operado pelo consórcio formado por Petrobras, com 60% de participação, e IBV Brasil Petróleo LTDA, com 40%), e no BM-SEAL-10 (operado com 100% de participação pela Petrobras).
Já as jazidas dos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste estão localizados, respectivamente, nas concessões de BM-SEAL-4 (operado pelo consórcio formado por Petrobras, com 75% de participação, e ONGC Campos Limitada, com 25%), BM-SEAL-4A (100% Petrobras) e BM-SEAL-10 (100% Petrobras).
Fonte: Revista Brasil Energia