unitri

Filtrar Por:

< Voltar

Clippings - 22/01/25

Novo leilão do aeroporto do Galeão terá lance mínimo de R$ 1 bilhão

A nova concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, do Rio de Janeiro, terá um lance mínimo próximo de R$ 1 bilhão. A cifra faz parte do acordo que foi firmado entre o MPOr (Ministério de Portos e Aeroportos), a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e o TCU (Tribunal de Contas da União).

A informação foi obtida pela Folha junto a pessoas que atuam diretamente na construção da nova proposta de concessão. Hoje, o aeroporto fluminense é controlado pela RIOgaleão, concessionária formada pela Infraero, que detém 49% da sociedade, e a Changi, companhia de Cingapura que é dona dos demais 51%.

Imagem mostra passageiros caminhando no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
Concessão do Galeão foi realizada em 2013, mas contrato sofreu diversas frustrações de demanda, situação agravada no período da pandemia de Covid 19 – Divulgação 13.nov.2024/RIOgaleão

A empresa, que chegou a manifestar a intenção de devolver a concessão do aeroporto, devido a complicações financeiras, revisou sua posição em 2023, quando o TCU sinalizou com a possibilidade de fazer uma repactuação do contrato atual. Agora, a proposta foi fechada, por meio da Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (Secex Consenso) do TCU.

Os detalhes da oferta, que chegou ao TCU em 16 de dezembro de 2024, são costurados pela área técnica da corte. A proposta final ainda precisa ser avaliada pelo Ministério Público junto ao TCU, para depois passar por um relator —ainda a ser definido— e, então, ser submetida ao plenário do tribunal.

O governo tem a expectativa de fazer o leilão do aeroporto ainda no primeiro trimestre do ano, embora o prazo esteja muito curto para isso, dada a tramitação que ainda tem pela frente.

Entre os termos já firmados, está decidido que a estatal Infraero sairá da operação. Por causa da dimensão das alterações feitas no contrato atual, inclusive com relação ao valor da outorga a ser paga pelos interessados, o contrato repactuado será levado ao mercado, para realização de um “processo competitivo público”. Isso significa que terceiros poderão dar lances para assumirem a operação, o que inclui a própria Changi.

A proposta prevê um período de transição, para flexibilizar a limitação operacional de volume de passageiros de Galeão. Foi estabelecido que, em 2025, será adotado um limite operacional mínimo de 8 milhões de passageiros por ano, saltando para 9 milhões de passageiros em 2026 e 10 milhões de passageiros em 2027. Não há limite estabelecido a partir de 2028.

Haverá recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato se houver mudanças neste cenário.

O novo contrato dispensa, ainda, a necessidade de construção da terceira pista de pouso e decolagem, “em razão da sua desnecessidade dentro do prazo da concessão e os impactos ambientais e sociais que tal obra causaria no entorno do sítio aeroportuário”.

Aeroporto do Galeão tem alta de passageiros após restrições no Santos Dumont
Aeroporto do Galeão tem alta de passageiros após restrições no Santos Dumont

Mais 

Com o acordo, ficam anuladas, de forma definitiva e irretratável, todas as disputas anteriores, processos judiciais e administrativos.

Por meio de nota, a concessionária RIOgaleão declarou que “aguardará para se manifestar após a finalização das próximas etapas do processo e reforça seu compromisso em operar com a excelência e segurança já reconhecidas, além de atuar no desenvolvimento comercial do aeroporto, com políticas voltadas para atrair companhias aéreas, passageiros e novos negócios”.

Folha Mercado

Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

A RIOgaleão venceu a concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim em novembro de 2013. O valor ofertado pela concessão foi de R$ 19,018 bilhões. Em valores atuais, seria o equivalente a cerca de R$ 35,911 bilhões. À época, o lance representou um ágio de 293,9% sobre o valor mínimo estipulado pelo governo, que era de R$ 4,828 bilhões. A concessão tinha duração prevista de 25 anos, prazo que continua a valer na repactuação.

Fonte: Folha Uol