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Newsletter - 06/02/25

Petrobras vai perfurar quatro poços fora do Brasil neste ano

A empresa avança na exploração de blocos na Bolívia, Colômbia, África do Sul e São Tomé e Príncipe. Para a América do Sul, o plano é descobrir mais gás natural. Na África, a petrolífera aposta em novas fronteiras, assim como faz na Bacia de Pelotas, no Brasil

Petrobras e Ecopetrol confirmam a maior descoberta de gás da história da Colômbia com a perfuração do poço Sirius-2 (Foto: Divulgação Petrobras)

A Petrobras vai testar quatro ativos ainda em fase inicial de exploração, fora do Brasil, neste ano. Em cada um deles vai perfurar um poço. A empresa está avaliando aquisições feitas na Colômbia, Bolívia, África do Sul e São Tomé e Príncipe. Em todos os casos, o plano é ampliar o portfólio e recompor as reservas, que devem entrar em decadência a partir de 2031. 

Na Colômbia, a Petrobras vai perfurar um novo poço na Bacia de Guajira Offshore. O deslocamento da sonda para iniciar o trabalho deve acontecer em dois meses. A empresa opera o projeto, com 44,44% de participação, ao lado da Ecopetrol (55,56%). 

Em outubro do ano passado, ela anunciou a extensão da descoberta de gás nos poços Uchuva-1 e Uchuva-2, renomeados para Sirius-1 e Sirius-2. A estimativa é de existência de um reservatório de grande porte, de cerca de 6 trilhões de pés cúbicos (Tcf) in place, que devem ser consumidos no mercado colombiano. 

Já na Bolívia, o esforço está concentrado no campo de gás de San Telmo Norte, no estado de Tarija, segundo a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia Anjos. A Petrobras Bolívia planeja investir cerca de US$ 40 milhões na área, que tem potencial de recuperação de cerca de 2,7 Tcf, apenas neste ano. A estatal responde, atualmente, por 25% do total produzido no país vizinho. Esse percentual chegou a 60%. 

“Hoje, o mercado consumidor brasileiro demanda 50 milhões de m3 de gás natural por dia. Acreditamos que esse mercado pode ser triplicado, alcançando 150 milhões de m3 diários. Esse gás (da Bolívia) servirá como insumo para a indústria petroquímica e para a produção de fertilizantes. A condição é que sejamos capazes de fazê-lo chegar ao Brasil a preços acessíveis”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no evento Foro Empresarial Bolívia-Brasil, em julho do ano passado. 

Na África, a aposta é investir em parceria com multinacionais do petróleo. A estatal atua ao lado da Shell, em São Tomé e Príncipe, e com a TotalEnergies, na África do Sul. Ela adquiriu três blocos operados pela petrolífera holandesa, em dezembro de 2023, e  comprou 10% de participação no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB), em outubro do ano passado, em leilão conduzido pela TotalEnergies, dona de 40% da área. Também participam do consórcio a QatarEnergy (30%) e a Sezigyn Pty (20%). 

Fonte: Revista Brasil Energia