
Secretária disse que há esforços no ministério para que legislação incorpore metas de descarbonização para navegação de cabotagem e navegação interior
A secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Mariana Pescatori, disse, esta semana, que há um esforço para incluir o setor de navegação, que ficou de fora da lei do Combustível do Futuro. Ela observa que, além do programa que incentiva novas fontes de matriz limpa, houve avanços importantes nos últimos anos envolvendo a regulamentação de temas como o hidrogênio verde e o mercado de carbono.
“Já colocamos isso como uma meta do Plano Clima para que a gente leve também para dentro da legislação as nossas metas para a navegação de cabotagem e navegação interior”, contou Mariana, na última segunda-feira (10), no ‘II Seminário Internacional para a Transição Energética no Mar: desafios e oportunidades para o Brasil’, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.
No evento, ela destacou o lançamento recente da política de sustentabilidade do setor, além da criação da diretoria de sustentabilidade no MPor e de estudos sobre esse tema junto à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O governo pretende publicar, dentro de 60 dias, uma agenda para 2025 e 2026, ao passo que o setor privado começou a se comprometer com o público no pacto de sustentabilidade.
Mais de 100 empresas responderam ao formulário proposto. Já a agenda vai detalhar o andamento das políticas setoriais, ações e programas de governo. “Se falamos de 115 empresas e cada empresa administra, às vezes, mais de um terminal, tivemos praticamente um censo do que está sendo feito no setor — não só na área de meio ambiente, mas na área de responsabilidade social e também na área de governança”, acrescentou.
O levantamento também apurou que cerca de 70% das empresas já fazem inventário de carbono e que a maior parte já com escopo 1, 2 e 3. “Foi uma grande surpresa. Estamos aos poucos amadurecendo conjuntamente e, nesse pacto, cada empresa, a depender do porte, vai definir as metas de descarbonização, de participação, de diversidade e de governança”, disse a secretária, ressaltando o alinhamento aos 17 indicadores dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos nas COPs e no Acordo de Paris.
Fonte: Revista Portos e Navios