Projeto do Grupo Dislub Equador promete modernizar distribuição de combustíveis e gerar 600 empregos
O Ceará contará com um novo Parque de Armazenamento e Distribuição de Combustíveis no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), na Região Metropolitana de Fortaleza. O empreendimento, que será executado pela Terminais Marítimos do Brasil S.A. (TMB), empresa do grupo pernambucano Dislub Equador, conta com um investimento total de R$ 430 milhões e deve gerar cerca de 600 empregos entre as fases de obra e operação.
A nova estrutura será destinada à movimentação, armazenamento e expedição de graneis líquidos, incluindo petróleo, combustíveis derivados, biocombustíveis, BTX e alcatrão. O governador Elmano de Freitas destacou a importância do projeto para o estado: “Com a nova tancagem no Porto do Pecém, podemos garantir maior competitividade na distribuição de combustível no estado”, afirmou.
A primeira fase do projeto contará com um investimento de R$ 343 milhões e tem previsão de entrega para agosto de 2027. Durante a construção, serão gerados 500 empregos, e, na fase operacional, outros 100 postos de trabalho serão criados. Além disso, o Governo do Ceará investirá mais de R$ 600 milhões na modernização do Porto do Pecém, incluindo a licitação de projetos estratégicos como o Hub de Hidrogênio Verde e a Ferrovia Transnordestina.
O novo parque permitirá a transferência das operações de tancagem atualmente realizadas no Porto do Mucuripe, em Fortaleza. A legislação estadual e municipal determina a desativação da estrutura até 2027, visando reduzir riscos para a população. “Esse empreendimento conjuga eficiência e prioridade de preservar vidas. Durante décadas, a tancagem no Mucuripe colocou em risco milhares de fortalezenses”, ressaltou o governador.
A infraestrutura também será um ponto-chave para a integração logística com a Transnordestina. Atualmente, 40% dos combustíveis consumidos no Ceará chegam por rodovias de outros estados. O CEO do Grupo Dislub, Sérgio Lins, enfatizou que o projeto mudará esse cenário ao aumentar o fluxo de etanol da região Nordeste e Centro-Oeste para o Ceará via transporte marítimo. “Isso reforça o nosso compromisso com a sustentabilidade e fortalece a competitividade dos biocombustíveis no estado”, afirmou.
Com capacidade total projetada de 220.000 m³ e 130.000 m³ na primeira fase, a estimativa é que o parque movimente 479 mil toneladas no primeiro ano de operação, chegando a 1,8 milhão de toneladas no 25º ano. O Banco do Nordeste, parceiro no projeto, reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento econômico do Ceará, destacando que, em 2024, investiu R$ 1 bilhão em infraestrutura no estado. “O Parque de Tancagem é um marco pela melhoria na distribuição de combustíveis no Ceará e no Nordeste”, declarou Paulo Câmara, presidente do BNB.
Fonte: Revista Portos e Navios