Com a reformulação de sua estratégia global, o presidente da bp no Brasil e CEO da bp bioenergy, Andres Guevara, afirmou que a empresa está investindo nos ativos de exploração de O&G no país e nos biocombustíveis

O Brasil está no centro da nossa estratégia, disse o presidente da bp no Brasil e CEO da bp bioenergy, Andres Guevara de la Vega, durante o lançamento do estudo “Transitioning away from fossil fuels in energy systems”, em evento organizado pelo IBP na quarta-feira (2). O executivo explicou que a bp passou por uma reformulação da sua estratégia, conforme anunciado pela companhia em fevereiro deste ano, “ao ter percebido o erro em ter ido muito rápido em direção à transição energética”.
“E isso mudou a forma de alocar os nossos investimentos. Estamos focando em investimentos com retornos maiores, com uma proporção maior para apoiar o crescimento do O&G, porque a sociedade ainda precisa do O&G. Estamos focando os investimentos no downstream, ou seja, no refino e na distribuição de produtos para a sociedade, e com uma disciplina maior em relação aos investimentos na transição energética. E, nesse contexto, estamos investindo nos biocombustíveis, onde o Brasil tem papel fundamental”, afirmou.
A bp concluiu a aquisição dos 50% de participação da Bunge na joint venture bp Bunge Bioenergia, agora chamada bp bioenergy, em outubro de 2024. Os outros 50% de participação da JV já eram detidos pela bp. Com a conclusão da aquisição, a bp se tornou a única proprietária do negócio de cana-de-açúcar e etanol em escala industrial no país, com capacidade de moagem de 32 milhões de toneladas e de produção de 50 mil barris de etanol equivalente a partir da cana-de-açúcar – por meio de 11 usinas localizadas em cinco estados brasileiros.
Andres também afirmou que, além dos biocombustíveis, a bp está fazendo um investimento muito relevante em exploração de petróleo e gás – setor em que possui participação em oito blocos exploratórios no país, sendo quatro como operadora (Bumerangue, Tupinambá e Pau Brasil, no pré-sal da Bacia de Santos, e BAR-M-346, na Bacia de Barreirinhas) e quatro como não-operadora (Alto de Cabo Frio Central, no pré-sal da Bacia de Campos, C-M-477, também em Campos, e os blocos BAR-M-175 e BM-BAR-3, em Barreirinhas). “Isso demonstra como a bp está fazendo uma transição energética com novas energias de baixo carbono em paralelo com investimentos em O&G, que a sociedade precisa”, completou.
Fonte: Revista Brasil Energia