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Clippings - 21/07/09

Rebatendo acusações, Marinha defende contrato de submarinos franceses

A Marinha do Brasil (MB) saiu em defesa do contrato com a empresa francesa DCNS para a construção dos submarinos brasileiros. Em comunicado à imprensa divulgado ontem, 20/7, o órgão disse que a proposta da alemí HDL para o modelo IKL-214 não é comparável a dos submarinos Scorpène, que ganhou a disputa.

De acordo com o Ministério da Defesa, o contrato com a DCNS inclui a construção, no Brasil, de quatro submarinos convencionais (propulsão diesel-elétrica) que servirão para a capacitação no desenvolvimento do submarino nuclear, uma vez que a França irá proceder à transferência de tecnologia de construção, de projeto e de sistemas de combate.

Já a oferta da empresa alemí, segundo a Marinha, previa a construção de apenas dois submarinos convencionais, sem transferência de tecnologia de projeto e de manutenção. Além disso, o acordo não permitiria a evolução para o projeto de propulsão nuclear, pois a Alemanha não tem o know-how deste modelo.

Ressaltando possuir vasta documentação sobre ?o elevado grau de satisfação da Armada Chilena com os Scorpène convencionais?, a MB explica que o casco desta embarcação tem o desenho típico de um submarino de propulsão nuclear e emprega tecnologia desenvolvida no projeto do ?Barracuda?, a nova classe de submarinos nucleares de ataque franceses.

A Marinha ainda afirma que, ao contrário do noticiado na imprensa, a construção de um estaleiro capacitado para a produção de submarinos nucleares e de uma nova base naval em Sepetiba (RJ) para abrigá-los, não foi resultado da imposição francesa, mas era uma obra prevista desde 1993 pelo Ministério da Defesa.

Considerar que essas obras seriam desnecessárias, implica ignorar que submarinos de propulsão nuclear só podem ser construídos em estaleiros a isso dedicados e que atendam a requisitos tecnológicos e ambientais bastante específicos, que hoje não são atendidos por nenhum dos estaleiros existentes no Brasil. Além disso, a atual base dos submarinos convencionais, na Baía de Guanabara, sequer tem profundidade para um submarino de propulsão nuclear, afirma o comunicado.

Além disso, a MB explicou que o processo de contratação da construtora brasileira Odebrecht para a realização da obra dispensava licitação, tendo em vista a necessidade de sigilo do projeto. A escolha da empresa foi realizada pela companhia francesa, conforme previsão contratual.

O acordo com a França ainda prevê índice de nacionalização em torno de 20%, representando a fabricação no Brasil de mais de 36 mil itens por submarino. (da Redação)