O Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) e várias associações de práticos do país decidiram congelar os preços cobrados pelo serviço pelo próximo ano. As partes se reuniram para assinatura do novo contrato no último dia 16 de junho (terça-feira) na sede da entidade, no Rio de Janeiro. As tratativas duraram cerca de um mês.
De acordo com o diretor do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), Otávio Fragoso, que coordenou as associações de práticos para a negociação, o Syndarma propôs a redução dos valores cobrados em função do desaquecimento da economia, que vem derrubando o preço dos fretes. Já a praticagem, que também foi afetada pela redução da quantidade de navios operando no Brasil, pretendia alcançar a correção de 5% prevista no contrato anterior, firmado há dois anos.
Acordamos o intermediário. Mantemos os preços estabilizados por um ano e em 2010 voltaremos a negociar observando as condições da economia. Estamos todos sofrendo com a crise. Esta medida deverá proteger a ambos, afirma Fragoso. O próximo reajuste, no entanto, irá considerar o índice não acrescido este ano.
A renovação do acordo foi firmado entre o Syndarma e as praticagens de Rio Grande (RS), Itajaí (SC), São Francisco do Sul (SC), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Maceió (AL), Areia Branca (RN), Recife (PE), Fortaleza (CE) e São Luís (MA). Ficaram de fora do acordo as associações que não operam navios de empresas afiliadas ao sindicato ou aquelas pendentes de decisão judicial. A Praticagem de Santos se enquadra na última categoria.
Os acordos da praticagem com o Syndarma, em geral, são bem geridos e não têm grandes problemas. Somos negociadores há muito tempo, sempre alcançamos um termo comum, diz Fragoso.