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Clippings - 16/07/09

Allianz confia em crescimento de dois dígitos no semestre

Entre os destaques estão automóveis, risco de engenharia e responsabilidade civil

O primeiro semestre deve apresentar um crescimento de dois dígitos nos negócios brasileiros da Allianz Seguros e a tendência deve ser mantida até o final do ano. A expectativa foi dada nesta quarta-feira pelo presidente da seguradora, Max Thiermann. O primeiro semestre irá mostrar dados positivos. A atividade econômica continuou forte no Brasil em relação a outras economias e todos os segmentos apresentaram crescimento, com exceção do setor de transportes, afirmou o executivo, após o Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas.

Ele ressaltou que, entre os segmentos que mais devem demonstrar crescimento estão o de seguros de automóveis, risco de engenharia e responsabilidade civil. Sem querer especificar como foi o comportamento de cada grupo, devido ao sigilo de informação antes da divulgação do balanço, o presidente da Allianz declarou que no geral, o incremento dos negócios foi considerável e ficará na casa dos dois dígitos neste primeiro semestre.

Segundo Thiermann, o mercado brasileiro oferece também outras oportunidades nos segmentos que a Allianz atua, diante da abertura dos resseguros. Existem segmentos que oferecem boas oportunidades, temos com capacitação técnica para fazer frente às novas exigências dos produtos, destaca. O executivo explica que não há nenhuma aposta em específico, mas há boas oportunidades no segmento de seguros de risco de engenharia, principalmente no médio-longo prazos.

Existem obras já em andamento, mas a expectativas é de que as obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – ganhem força nos próximos meses, assim como outras obras governamentais, observa. A tendência de crescimento do número de obras está relacionada à proximidade das eleições. Além disso, os investimentos em infra-estrutura também devem crescer devido à Copa de 2014.

Imóveis
A procura por seguros de imóveis ainda encontra-se tímida, após a redução do volume de financiamentos diante do maior conservadorismo do setor financeiro e queda no ritmo dos lançamentos das incorporadoras. No entanto, este comportamento deve mudar. Segundo Thiermann, o mercado já começa a dar sinais de recuperação. As pessoas já estão cotando, acredito que a retomada pode ser rápida, avalia o executivo da Allianz.

No segmento de transporte, os negócios devem demonstrar recuo no primeiro semestre deste ano. O motivo, de acordo com Thiermann, foi a desaceleração das operações de importação e exportação, provocada pela crise externa. Para o segundo semestre, o presidente da Allianz aguarda que a normalidade seja retomada. Já no caso de seguro de automóveis, a redução do IPI foi um estímulo a mais para a procura pelo produto. Houve recorde de vendas das unidades e, como vendemos seguro para veículos novos ou com pouco tempo de uso, a procura foi crescente, explica.

Agronegócio
Quanto ao agronegócio, o presidente da seguradora classificou como um risco novo para a companhia e que deve ser visto como uma estratégia de longo prazo. Thiermann explicou que, mesmo assim, o segmento do agronegócio tem se mostrado positivo para a empresa.

O seguro agrícola é visto como desafiador para as seguradoras. Entre os principais problemas deste segmento está a complexidade da precificação. Ao mesmo tempo, as instituições enfrentam outros desafios como as incertezas sobre os riscos climáticos, massificação dos seguros, conquista da confiança do produtor rural, baixo número de inspetores e mais treinamento, falta de especialização de corretores e atração de mais resseguradores. É preciso que haja a criação de um novo modelo de fundo de catástrofes, declarou o superintendente de Agronegócios da Allianz Seguros, Luiz Carlos Meleiro.

Na avaliação de Meleiro, que falou sobre seguro rural no Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, a cooperação mútua entre todas as instituições, empresas e centros de pesquisa é fundamental para o desenvolvimento sustentável do mercado. Funcionando como um sistema único, organizado e eficiente, o seguro rural poderá se firmar como mecanismo de gestão de risco e atingir a maturidade e o desenvolvimento desejado, explicou durante a palestra. (Com informações Monitor Mercantil)