O cartel Sete Irmís – formado por companhias petrolíferas como Esso, Shell e Texaco – fez declarações defendendo a manutenção da atual lei brasileira sobre a exploração de petróleo. A mudança da lei, criada em 1997, pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, daria o monopólio da exploração do Pré-Sal à Petrobrás, impedindo os leilões das bacias de petróleo às empresas multinacionais.

No caso do Pré-Sal, a descoberta, o mapeamento e a pesquisa já foram realizados pela Petrobras, somando um gasto de U$ 240 bilhões ao Brasil – aproximadamente R$ 580 bilhões. A tecnologia para explorar na profundidade do Pré-Sal também foi desenvolvida pela Petrobras.
A lei vigente permite que as multinacionais se apoderem de mais de 80% do petróleo extraído das bacias nacionais. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, acredita que manter a lei vai de encontro aos interesses do povo brasileiro:

“Garantir a possibilidade de utilizar os recursos do pré-sal para o pagamento da dívida social, ou seja, investindo na saúde, educação, reforma agrária. A mudança da lei se faz necessária, principalmente pelos interesses do nosso povo e das futuras gerações. Deixar as empresas à vontade para explorar, significa um atentado aos interesses das futuras gerações.”

As empresas declararam que, caso o Brasil mude a lei, o país perderá recursos necessários para a exploração. Contudo, as áreas que o cartel apresenta interesse são as já mapeadas pela Petrobras, com os riscos geológicos já eliminados.