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Após mais de quatro anos atracado no Porto de Santos (SP), o casco inoperante do navio NM Srakane foi removido na última quinta-feira (13). A ação, conduzida pela Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) em parceria com a Autoridade Portuária de Santos (APS) e a empresa proprietária Vintage Trading SRO, foi motivada pelo desgaste avançado das amarrações, que tornava iminente o risco de ruptura e colocava em perigo a segurança da navegação.
A operação seguiu um planejamento iniciado em outubro de 2024, cumprindo as exigências de segurança da Normam-204 da Diretoria de Portos e Costas (DPC). O casco foi deslocado para um ponto seguro no interior do estuário de Santos, onde poderá permanecer sem representar riscos à navegação ou ao meio ambiente.
A AWS Service, uma das empresas envolvidas na operação, agiu na parte de preparação e reboque do casco. De acordo com Ed Nascimento, CEO da AWS, e Lucas Caldas, engenheiro naval da empresa, a operação exigiu uma análise criteriosa da estrutura do navio, planejamento detalhado da manobra de reboque e acompanhamento técnico para garantir um deslocamento seguro.
“A embarcação estava abandonada desde 2020, sem tripulação e sem manutenção adequada, o que aumentava o risco de danos estruturais e possíveis acidentes. A remoção foi essencial para evitar deriva incontrolada, abalroamentos e impactos ambientais no Porto de Santos”, afirmou Nascimento.
As etapas do processo incluíram a inspeção estrutural do casco para identificar riscos, planejamento da manobra levando em conta correntezas e marés, preparação do navio para o deslocamento e monitoramento contínuo até o ponto seguro de encalhe.
Fonte: Revista Portos e Navios