A Petrobras prevê investir US$ 19,6 bilhões no segmento de Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes
A Petrobras prevê investir US$ 19,6 bilhões no segmento de Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) – aumento de 17% em relação ao plano anterior.
Os investimentos em logística são destaque, com aumento de US$ 2,1 bilhões para US$ 3,6 bilhões de um plano para o outro, um salto da ordem de 71%.
A empresa planeja construir 16 novos navios de cabotagem e implantar projetos logísticos para aumentar a presença em mercados em crescimento, como, por exemplo, investimentos no Terminal Aquaviário do Porto de Santos e a construção de novo duto de combustíveis claros para abastecimento do Centro-Oeste.
Especialistas vêm alertando sobre gargalos na logística de derivados, principalmente no Centro-Oeste, por causa do crescimento do agronegócio. Também há necessidade de infraestrutura no Nordeste.
No refino, a previsão de aumento da capacidade de diesel com base em projetos de implantação foi mantida, assim como de lubrificantes. A Petrobras aumentará a capacidade de produção de Diesel S10 em 290 mil bpd em seu parque de refino, considerando os projetos como a Rnest, e avalia outros vários projetos para incrementar a produção em mais 70 mil barris diários.
“Os investimentos em refino visam, principalmente, a aumentar a capacidade do parque da Petrobras, ampliando a oferta de produtos de alta qualidade, como diesel S10 e lubrificantes, e de combustíveis de baixo carbono”.
Para paradas programadas, a petroleira espera aportar US$ 3,8 bilhões nos próximos cinco anos. Para o ano que vem, são US$ 900 milhões, na Replan, RPBC, Rnest e Revap.
A Petrobras mantém também a previsão para investimentos em biorrefino, em US$ 1,5 bilhão, mas inclui novos projetos em avaliação, como as parcerias com a Acelen e a Refinaria Riograndense.
Um projeto em avaliação no Complexo Boaventura considera produção de 19 mil barris diários de querosene de aviação.
Há ainda outros projetos e estudos envolvendo biocombustíveis produzidos por diferentes rotas tecnológicas, com destaque para plantas dedicadas de Bioquerosene de Aviação – BioQav (SAF) e Diesel 100% renovável (HVO) via rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids), além de estudos de ATJ (Alcohol to Jet), rota para produção de SAF através do processamento de etanol.
A ideia da companhia é ofertar produtos de baixo carbono, com menor emissão de gases de efeito estufa (GEE) a partir de derivados menos poluentes e combustíveis produzidos a partir de fontes renováveis.
A Petrobras incluiu no plano investimentos de US$ 900 milhões em planos de QaV, em projetos como a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), em Três Lagoas (MS), e a reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), em Araucária (PR).
No segmento de petroquímica, “serão conduzidos estudos para oportunidades de negócios em sinergia com o refino”, diz a companhia.
Fonte: Revista Brasil Energia