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Clippings - 13/12/24

Conselho do FMM avalia pedido de financiamento da Transpetro

A subsidiária da Petrobras pediu a liberação de dinheiro para contratar a construção de quatro navios da classe Handy. Se aprovado, esse será o segundo grande financiamento aceito pelo Fundo de Marinha Mercante neste ano. O primeiro foi para os FPSOs do projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP)

Navio Suezmax Dragão do Mar (Foto: Transpetro)

O Fundo de Marinha Mercante (FMM) avalia nesta quinta-feira, 12, o pedido de financiamento da Transpetro para construir quatro navios da classe Handy, que fazem parte de uma série de contratações planejadas para os próximos anos. Por enquanto, a resposta do mercado à convocação da Transpetro está sendo tímida. Mas há expectativa de mais competição pelos navios gaseiros que a empresa ainda vai encomendar.

Está prevista a aquisição pela Transpetro de 25 navios de cabotagem para atender, principalmente, as demandas de transporte de produtos da Petrobras. Em julho, foi lançada a concorrência dos quatros navios, mas apenas o consórcio formado pela Ecovix e Mac Laren apresentaram propostas. A fase atual é de negociação entre eles, sobretudo, da adequação do valor da obra ao preço de referência da estatal.

O pedido de financiamento da Transpetro está na pauta da 57ª reunião do conselho diretor do FMM, marcada para acontecer hoje. Se aprovada, essa será a segunda obra de grande porte do grupo Petrobras a ter carta branca do fundo neste ano. A primeira foi para a construção de dois FPSOs para o projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP). Apesar do financiamento ter sido aprovado em março, os R$ 8,56 bilhões nunca foram liberados por decisão da Petrobras.

A licitação das unidades de SEAP está na rua, após uma tentativa frustrada no primeiro semestre deste ano. Faltaram interessados.

Na concorrência da Transpetro para a construção dos quatros navios, assim como na dos dois FPSOs, os estaleiros esbarraram em limitações financeiras, seja porque não cumpriram as exigências patrimoniais da Petrobras, seja porque faltou garantia. Os agentes financeiros têm pedido garantias equivalentes a 110% do valor da obra, segundo o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

Conselheiro do FMM, ele conta que o sindicato está trabalhando para que o governo aprove a formação de um fundo garantidor formado por dinheiro do Tesouro Nacional e vinculado a bancos estatais – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil – para resolver parte do problema.

“É preciso ter um fundo garantidor porque os estaleiros estão retomando, após a crise dos últimos oito, nove anos. A reivindicação está avançando dentro do FMM”, afirmou Rocha.

Fonte: Revista Brasil Energia