Projetos de Barracuda-Caratinga e Albacora estão atrasados, mas Petrobras busca soluções com fornecedores. Enquanto isso, empresa segue com o plano de revitalização do pré-sal da Bacia de Santo
Os cronogramas dos projetos de revitalização dos campos de Albacora e Barracuda-Caratinga, na Bacia de Campos, podem ser afetados pela dificuldade que a Petrobras está encontrando de atrair fornecedores para as licitações de FPSOs, segundo o gerente-executivo de Águas Profundas da empresa, Paulo Marinho. Enquanto busca soluções internas e com possíveis interessados, a Petrobras segue com o planejamento da renovação de áreas maduras no pré-sal da Bacia de Santos.
“Estamos controlando e envolvendo fornecedores da melhor forma possível, estudando estratégias de modelo de contratação, para adequar e ter mais êxito, assim como estamos pensando em alternativas, como o aproveitamento de unidades para permitir mais um tempo de produção frente ao risco de contratação”, disse Marinho.
Além dos FPSOs de Albacora e Barracuda-Caratinga, que fazem parte do programa de revitalização de campos maduros da Bacia de Campos, a Petrobras está com dificuldade também de contratar as unidades produtoras para o projeto de Sergipe Águas Profundas (SEAP), que teve a licitação encerrada por falta de ofertas. A expectativa é de que todas as concorrências suspensas e outras duas sejam lançadas em breve.
Um novo processo já foi aberto para Barracuda-Caratinga. Desde o mês passado, a estatal negocia com a Shapoorji Pallonji Energy. A habilitação da fornecedora chegou a ser questionada por concorrentes de mercado, mas a Petrobras seguiu com a licitação argumentando que a empresa apresentou todos os documentos necessários. Segundo Marinho, a Petrobras e a Shapoorji seguem negociando sem problemas.
Outro desafio é o descomissionamento de plataformas e equipamentos submarinos. A Petrobras já devia ter lançado pelo menos mais duas concorrências em busca de empresas interessadas nas sucatas. Mas, nesse caso, os atrasos não chegam a comprometer o cronograma de revitalização, porque, de acordo com o gerente-executivo, ao planejar a atividade, a empresa incorporou os riscos ao projeto.
Enquanto resolve problemas na revitalização da Bacia de Campos, a Petrobras caminha com o planejamento da renovação do pré-sal da Bacia de Santos. “Olhar para o aprendizado da Bacia de Campos e aplicar o aprendizado no pré-sal é um dos nossos grandes desafios e missões hoje. Todo aprendizado está sendo colocado na Bacia de Santos e a Petrobras já planeja, pensa na revitalização, com mais antecedência do que na Bacia de Campos”, afirmou o gerente-executivo.
Fonte: Revista Revista Brasil Energia