A JVI combinará os ativos offshore de petróleo e gás natural de ambas no Mar do Norte para garantir segurança energética e produção doméstica ao Reino Unido; produção esperada é de mais de 140 mil boe/d em 2025
A Equinor e a Shell vão combinar seus ativos offshore de petróleo e gás natural no Reino Unido para criar uma joint venture incorporada (JVI), informaram as empresas nesta quinta-feira (5). A conclusão da transação está sujeita a aprovações e é esperada para o final de 2025.
O objetivo da JVI é sustentar a produção doméstica de petróleo e gás e a segurança do fornecimento de energia no Reino Unido. Com a conclusão da operação, ambas terão 50% de participação na empresa.
A nova empresa, que terá sede em Abeerden (Escócia), investirá para garantir sustentabilidade a longo prazo aos campos e plataformas individuais de petróleo e gás, a fim de ajudar a prolongar a vida útil, uma vez que a Plataforma Continental do Reino Unido (Mar do Norte) está amadurecendo e a produção em declínio natural.
Entre os ativos, a JVI deterá participações acionárias da Equinor nos campos de Mariner, Rosebank e Buzzard, e as participações acionárias da Shell em Shearwater, Penguins, Gannet, Nelson, Pierce, Jackdaw, Victory, Clair e Schiehallion. Uma série de licenças de exploração também fará parte da transação.
A expectativa é de que a nova empresa produza mais de 140 mil boe/d em 2025. Atualmente, no Reino Unido, a Equinor produz aproximadamente 38 mil boe/d, enquanto a Shell produz cerca de 100 mil boe/d.
A Equinor manterá a propriedade de seus ativos transfronteiriços (Utgard, Barnacle e Statfjord) e portfólio de energia eólica offshore, incluindo Sheringham Shoal, Dudgeon, Hywind Scotland e Dogger Bank. Além disso, manterá os ativos de hidrogênio, captura e armazenamento de carbono, geração de energia, armazenamento de bateria e armazenamento de gás.
Já a Shell manterá a propriedade de suas participações na usina Fife LNG, no Terminal de Gás St Fergus e nos projetos eólicos flutuantes em desenvolvimento (MarramWind e CampionWind). A companhia permanecerá como desenvolvedora técnica do Acorn, o projeto de captura e armazenamento de carbono (CCS) na Escócia.
“Esta transação fortalece o fluxo de caixa de curto prazo da Equinor e, ao combinar a experiência de longa data e os ativos competitivos da Equinor e da Shell, essa nova entidade desempenhará um papel crucial na garantia do fornecimento de energia do Reino Unido”, disse, em comunicado, o vice-presidente executivo de Exploração e Produção Internacional da Equinor, Philippe Mathieu.
Fonte: Revista Brasil Energia