Embora seja a maior cliente dos estaleiros – diretamente ou através da subsidiária Transpetro -, a Petrobras se preocupa com o setor. Prova disso é que lançou, no Rio Grande do Sul, com a empresa W. Torre, um sistema especial, em que o estaleiro é de seu uso exclusivo. Além disso, quer, no Rio, arrendar o dique da antiga Ishibrás, depois IVI-Caju e agora Sermetal.

O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, teme, especialmente, que haja falta de vagas para a construção dos 20 navios-sonda que a empresa vai encomendar. A licitação deve sair no fim deste ano e a contratação no início de 2010. Barbassa não deixa claro se alguns navios terão de ser feitos no exterior, pois afirma que a estatal não poderá estar sujeita a atrasos.

Barbassa diz que os navios feitos no Brasil têm 60% de componentes nacionais, mas que, no caso de navios-sonda, esse índice poderá cair, uma vez que terão de ser importados muitos equipamentos específicos para os quais não há economia de escala no mercado nacional. Mesmo assim, afirma que a Petrobras quer convencer empresas estrangeiras a produzirem máquinas e equipamentos no Brasil, inclusive motores principais de navios, que hoje têm de ser totalmente importados.

– Queremos motivar estrangeiros, de diversas procedências, a investirem aqui para nos fornecerem – declara, citando que há espaço para a instalação de novas empresas para suprir os estaleiros.(Fonte: Net Marinha – Sérgio Barreto Motta)