Empresa conduz obras em Santos (SP), São Luís (MA) e na Bahia, apostando em soluções de engenharia para superar demandas de infraestrutura e questões ambientais no setor portuário
O grupo Belov está à frente de uma série de projetos de infraestrutura portuária no Brasil, incluindo a ampliação do terminal da COFCO em Santos (SP), a construção do berço 98 para a Emap em São Luís (MA) e reforços estruturais em terminais na Bahia, como o Terminal de Madre de Deus. Essas obras, estimadas em R$ 400 milhões, demandam mais de duas mil toneladas de equipamentos e visam aumentar a capacidade e eficiência logística dos portos brasileiros, segundo a empresa.
“O Brasil tem um grande potencial produtivo e uma demanda por infraestrutura portuária que precisa acompanhar essa capacidade, tanto para exportação quanto para o mercado interno de cabotagem”, afirmou Sérgio Belov, sócio-diretor do grupo, à Portos e Navios. Segundo ele, o movimento de importações e o aumento de concessões e terminais de uso privado (TUPs) intensificam a necessidade de expansão e modernização dos terminais, criando oportunidades para o setor de engenharia e construção no país.
A empresa também enfrenta desafios em projetos de dragagem e expansão de calado, principalmente em áreas com estruturas submersas antigas, como embarcações naufragadas e objetos metálicos próximos aos berços de atracação. Em operações anteriores nos portos de Salvador e Aratu, na Bahia, o grupo executou contenções submarinas e reforços subaquáticos para permitir que essas estruturas suportassem aumentos de calado, essenciais para o fluxo de embarcações de grande porte. “A execução desse tipo de operação exige tecnologias específicas e conhecimento técnico que nem sempre são de fácil aplicação, especialmente em portos com grande histórico de uso”, explicou Belov.
Quanto aos impactos ambientais, o grupo afirma que adota práticas rigorosas de conformidade, além de buscar soluções sustentáveis em cada projeto. Hildegardo Nogueira, também sócio-diretor do grupo, comenta que a empresa realiza investimentos constantes em equipes qualificadas e equipamentos modernos para assegurar a conformidade ambiental e mitigar os impactos das obras. “Temos uma abordagem que considera a legislação ambiental uma oportunidade para incorporar práticas de sustentabilidade, e o diálogo com os órgãos reguladores é fundamental para o andamento dos projetos”, disse Nogueira.
Para acompanhar as novas exigências tecnológicas e de sustentabilidade, o grupo investe em treinamentos e auditorias constantes, com um Manual de Gestão de Obras (MGO) atualizado anualmente conforme as práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance). “Essa estratégia é essencial para garantir a excelência e atender às expectativas de inovação e sustentabilidade do setor”, reforçou Nogueira.
O grupo Belov observa com otimismo o crescimento dos investimentos públicos no setor portuário e acredita que políticas de concessão e expansão de portos podem ajudar o Brasil a atender melhor às demandas do comércio internacional e do mercado interno. “O desenvolvimento de uma infraestrutura robusta e adequada ao cenário global exige essa parceria entre setor público e privado, e estamos prontos para contribuir com nossa expertise”, afirmou Sérgio Belov.
Fonte: Revista Portos e Navios