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Clippings - 30/06/09

Novo fundo poderá garantir até R$ 6 bi em empréstimos

O Banco do Brasil espera iniciar as operações do novo fundo garantidor de crédito a pequenas e micro empresas dentro de uma ou duas semanas. O aporte inicial do governo será de R$ 500 milhões, o que, em tese, pode garantir até R$ 6 bilhões em novos empréstimos. Já estamos recebendo a consulta de bancos privados interessados em participar do fundo, disse o vice-presidente de crédito, controladoria e risco global do banco, Ricardo Flores.

O fundo garantidor é uma forma encontrada pelo governo de subsidiar o risco de inadimplência nos empréstimos a pequenas e mico empresas e, assim, retomar o fluxo normal de contratações, que caiu bastante depois que o Brasil foi atingido pela crise financeira mundial.

O Tesouro fará um aporte inicial de R$ 500 milhões no fundo e, em tese, poderá elevar sua participação a R$ 4 bilhões, caso haja demanda. O patrimônio do fundo será engordado por aportes dos bancos e das empresas. Os bancos que quiserem participar do fundo terão que comprar em cotas o equivalente a 0,5% da carteira de crédito garantida. As empresas vão pagar 0,1% ao mês para tomar linhas linhas de investimento garantidas pelo novo fundo, e 0,2% para capital de giro.

Os empréstimos terão limite de R$ 150 mil por operação para capital de giro e de R$ 500 mil para investimento. A alavancagem do fundo será de 12 vezes. Assim, os R$ 500 milhões iniciais garantem R$ 6 bilhões, e, se o aporte do Tesouro chegar a US$ 4 bilhões, a alavancagem vai a US$ 48 bilhões.

O fundo vai garantir apenas 80% de cada evento de inadimplência. Os 20% restantes ficam por conta do próprio banco. Para preservar seu patrimônio, a garantia do fundo vai ter um limite de 7% da carteira de cada banco. Os recursos do fundo serão administrados pela BB DTVM.

O Banco do Brasil já decidiu que vai participar do fundo – o valor do aporte será definido nos próximos dias. O fundo garantidor permitirá que, em média, o BB reduza em 30% as taxas de juros cobradas das micro e pequenas empresas, afirma Flores. O BB também anunciou a criação de um empréstimo-ponte para os financiamentos do BNDES. Nessa linha, o BB vai adiantar recursos para as empresas até que o BNDES conclua todas as etapas para a contratação das operações. A taxa será de 1,26% ao mês, queda de 17% em relação ao 1,8% que normalmente é cobrado em empréstimos semelhantes.