Governadora Raquel Lyra destacou processos do sistema Petrobras com potencial de encomendas para estaleiros em Suape, que já têm histórico de entregas para companhia em seus portfólios

O governo de Pernambuco identifica um momento de boas oportunidades para a construção naval no estado, em especial pelas licitações em andamento e previstas para os próximos anos para a construção de embarcações para o sistema Petrobras. A governadora Raquel Lyra (PSB) disse, na última sexta-feira (22), que sua gestão vem mantendo conversas com os estaleiros locais e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre os potenciais para projetos que estão no radar da construção naval.

“Não dá para esperar um ano para voltar a operar com a capacidade máxima, os contratos estão sendo fechados agora. O desafio que a gente tem é poder colocar Pernambuco produzindo navios para a Petrobras e depois voltar a produzir navios para além da Petrobras”, afirmou a governadora, durante discurso em evento no complexo portuário e industrial de Suape.

Raquel Lyra citou a recente licitação da Transpetro para contratação de quatro navios classe Handy, com preço da ordem de R$ 450 milhões por cada unidade. Esse processo recebeu uma única proposta, apresentada pela Ecovix, proprietária do Estaleiro Rio Grande (RS), e pelo grupo Mac Laren, que atualmente está em fase de análise pela subsidiária da Petrobras para homologação do resultado dos vencedores da concorrência.

A governadora acredita que, após anos de estagnação, o momento é mais favorável para a economia pernambucana e para a indústria naval. “Temos trabalhado todos os dias para permitir que esse tempo possa passar e que a gente veja de novo a construção de navios acontecendo em Pernambuco através da força que tem o Estaleiro Atlântico Sul (EAS)”, projetou.

Raquel também vê o Vard Promar em condições de participar da retomada da produção de navios para que a produção da Petrobras possa crescer no Brasil. Os dois estaleiros possuem histórico de entregas para a companhia em seus portfólios, com petroleiros e gaseiros no antigo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef).

Fonte: Revista Portos e Navios