
A Petrobras está na segunda fase do projeto de revitalização dos campos Marlim Sul e Marlim Leste, na Bacia de Campos. Após decidir tocar o projeto adiante, a empresa analisa, neste momento, o modelo de negócio que vai adotar. Entre as alternativas em estudo está a aquisição direta do FPSO, assim como fez nos campos de Búzios e Mero, segundo fontes.
Também está em análise o número de unidades a serem instaladas. O mais provável é que sejam duas. A empresa ainda não bateu o martelo sobre isso.
A decisão da Petrobras de afretar ou recorrer a um sistema de engenharia, aquisição e construção (EPC, em inglês) é avaliada caso a caso. As duas opções sempre estiveram na mesa no caso de Marlim Sul e Marlim Leste. O que está sendo calculado, atualmente, é o impacto de cada uma das alternativas no custo e tempo de construção.
A expectativa é de que a embarcação tenha a mesma dimensão das contratadas recentemente para os projetos de revitalização da Bacia de Campos. A última unidade a entrar em operação na região, em maio deste ano, foi a Anna Nery, instalada nos campos de Marlim, Voador e Brava. O navio-plataforma possui capacidade para produzir 70 mil barris de óleo e 4 milhões de m³ de gás natural.
Como parte do projeto de revitalização da Bacia de Campos, o navio-plataforma Anita Garibaldi começou a produzir em agosto deste ano. A embarcação possui capacidade de 80 mil barris por dia e 7 milhões de m³ por dia de gás natural.
No cronograma do projeto de Marlim Leste-Marlim Sul, não há uma data fechada para concluir a segunda fase. Ou seja, não há prazo para a decisão do investimento e contratações, que seria a etapa seguinte.
Atualmente, em Marlim Sul, são produzidos 91 mil barris por dia (bpd) de óleo e 1,8 milhão de m³ por dia de gás natural, o correspondente a 3% do volume total de petróleo extraído no país, segundo a ANP. Em Marlim Leste, são 70 mil bpd de óleo e 1 milhão de m³ por dia de gás.
As unidades dedicadas às áreas são a P-53, a P-40 e o FPSO Cidade de Niterói (capacidade de 100 mil bpd de óleo e 3,5 milhões de m³ por dia). Em maio deste ano, a Petrobras pediu ao Ibama a renovação da licença de operação da P-53.
O Polo Marlim chegou a ser incluído no programa de desinvestimento da companhia. Inicialmente, a ideia era vender a metade do projeto. Mas, a empresa acabou desistindo e, por fim, inclui as duas áreas em seu programa de revitalização da Bacia de Campos.
“É um ativo resiliente, que captura valor e está alinhado ao nosso portfólio. Estamos trazendo o ativo de volta para a carteira, tirando do processo de desinvestimento. Isso é natural para o processo de gestão do nosso portfólio, que é contínuo”, afirmou o então diretor Financeiro da companhia, Rodrigo Araújo, em teleconferência com analistas em 2021.
O primeiro óleo de Marlim Sul foi extraído em 1994 e, em Marlim Sul, em 2000. Ambos foram descobertos em 1987. Como antecipado pelo Petróleo Hoje, a Petrobras analisa substituir as embarcações que operam nos dois sistema para otimizar a produção.
Fonte: Revista Brasil Energia