O Termo de Cooperação assinado com a Marinha do Brasil prevê expandir a Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (REMO), a fim de monitorar da Bacia de Pelotas até a Margem Equatorial, entre outras atividades

A Petrobras e a Marinha do Brasil assinaram um Termo de Cooperação (TC) para a expansão da Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica (REMO), de acordo com comunicado divulgado na quarta-feira (12). Com valor de R$ 100 milhões, o TC terá duração de cinco anos.
Os objetivos do acordo são reduzir o custo de monitoramento por boias – tradicionalmente usadas para coletar dados -, expandir o monitoramento da costa brasileira, da Bacia de Pelotas até a Margem Equatorial, contribuir para ampliar o conhecimento sobre litoral brasileiro, além de qualificar e licenciar o uso de veículos autônomos de superfície e subsuperfície.
Estes veículos autônomos, que não têm tripulação nem operação de forma contínua, são o SailBuoy e o glider. O SailBuoy é um mini-veleiro, controlado via satélite, com operação ininterrupta mantida por baterias carregadas por módulos fotovoltaicos.
A embarcação também monitora dados meteoceanográficos, bem como pode resistir ao mau tempo. Já o glider é um veículo autônomo de subsuperfície, como um torpedo, que atinge até mil metros de profundidade e é usado para monitoramento amplo dos oceanos. Nele, as medições são abrangentes e usadas para detecção de óleo, medição de correntes, temperatura, salinidade e concentração de oxigênio.
“Temos um enorme litoral que precisa ser monitorado e também compartilhamos dados com a academia, o que contribui para ampliar o conhecimento sobre nossa costa e para o desenvolvimento de tecnologia nacional”, destaca a diretora de Engenharia e Tecnologia da Petrobras, Renata Baruzzi, em comunicado.
Os dados gerados pelas embarcações poderão ser compartilhados com a comunidade científica, à programas como o Programa Nacional de Boias (PNBOIA), que tem o intuito de implementar a coleta de dados meteorológicos e oceanográficos ao longo da costa brasileira.
Em relação ao projeto, a Petrobras participa de outros TCs, os quais permitem o crescimento de conhecimento sobre os fenômenos meteoceanográficos pela academia, como o Programa Antártico Brasileiro (Proantar); o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira e o Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira (Leplac).
Baruzzi também aponta que os investimentos da companhia em produzir e disponibilizar os dados meteoceanográficos podem ser benéficos ao transporte marítimo, gestão ambiental e planejamento costeiro.
Fonte: Revista Brasil Energia