Contrato foi avaliado em US$ 417 milhões e possui duração de três anos. Por conta deste e de outros acordos, toda a disponibilidade de curto prazo da frota da Foresea está contratada até o 4T26
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A sonda de perfuração Norbe IX vai operar para o consórcio de Sépia e Atapu, liderado pela Petrobras, a partir do início de 2026, informou a Foresea em comunicado sobre os resultados do ano de 2024, divulgado na quarta-feira (19). O contrato avaliado em US$ 417 milhões foi assinado em dezembro e possui duração de três anos, com opção para mais um ano.
A jazida compartilhada de Sépia é operada pela Petrobras (55,3%), em parceria com a TotalEnergies (16,9%), Petronas (12,7%), QatarEnergy (12,7%) e Petrogal (2,4%). Já o consórcio da jazida compartilhada de Atapu é formado por Petrobras (65,7%, operadora), Shell (16,7%), TotalEnergies (15%), Petrogal (1,7%) e PPSA (0,9%). As áreas estão localizadas em águas ultraprofundas, no pré-sal da Bacia de Santos.
A Foresea também informou que o contrato de três anos firmado com a Petrobras para o navio-sonda Norbe VIII foi iniciado em dezembro, após a conclusão de uma Pesquisa Periódica Especial (Special Periodic Survey, na sigla SPS). O contrato, previsto para ser finalizado em 2027, possui opção de extensão até 2029. Os equipamentos e sistemas da unidade vão passar por atualizações que devem ser concluídas até o final deste ano, para que a Norbe VIII possa operar em águas rasas.
Por conta desses acordos, toda a disponibilidade de curto prazo da frota da Foresea está contratada até o quarto trimestre de 2026, totalizando uma carteira de US$ 1,7 bilhão (backlog). A empresa fechou o ano de 2024 com uma receita líquida de US$ 487 milhões, representando um aumento de 34% ante 2023 (US$ 363 milhões), e reportou um lucro líquido de US$ 17 milhões, representando uma redução de 72% ante o lucro líquido de 2023 (US$ 65 milhões).
As outras unidades da frota da Foresea são: ODN I e Norbe VI, contratadas pela Petrobras até o 4T26 e com opção de extensão até 2029; ODN II, também contratada pela estatal, até o final de 2028 e com opção de extensão até 2029; e a Hunter Queen, da qual a Foresea presta serviços de operação e gestão para a PRIO, proprietária da semissubmersível, até o final do segundo trimestre de 2026, com opção de extensão até meados de 2028.
A Foresea também afirmou que foi a primeira companhia de perfuração offshore no Brasil a retornar capital ao acionista, distribuindo um total de US$ 70 milhões ao longo do ano passado. Para este ano, a empresa afirma que está pronta para explorar oportunidades de mercado visando o fornecimento de soluções inovadoras para as necessidades da indústria.
“Nossa principal meta para 2025 é manter a nossa performance operacional, o que não é uma tarefa fácil. Atingir 99% de uptime no segundo semestre de 2024 foi a nossa melhor performance desde o início da operação de perfuração offshore. Além disso, nos concentraremos na execução bem-sucedida de dois SPSs programados”, afirmou o CEO da Foresea, Rogério Ibrahim, segundo o comunicado. Os SPSs estão previstos para o final de 2025, antes do início dos novos contratos das unidades Norbe IX e ODN II.
Fonte: Revista Portos e Navios