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Clippings - 11/12/24

Petrobras destaca momento de reaproximação com cadeia de suprimentos nacional

Magda Chambriard falou em encomendas a fornecedores locais, ressaltando necessidade de bases competitivas e rentáveis e respeito ao patamar de lucro da companhia

A Petrobras vive um momento de reaproximação com a cadeia de suprimentos nacional e entidades setoriais após um período de afastamento. Durante evento no Rio de Janeiro (RJ), nesta terça-feira (10), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a empresa está determinada a conhecer todo o potencial e as dificuldades da indústria nacional para atender às demandas dos projetos e alavancar novas oportunidades. Ela ponderou que será necessário ter bases competitivas e rentáveis e que o patamar de lucro da Petrobras será respeitado nas seleções.

“Vim aqui para reafirmar o compromisso de ampliar investimentos no parque produtivo brasileiro e assegurar que vamos, sim, fazer encomendas aos fornecedores nacionais e que isso vai ancorar nossa estratégia de negócios”, declarou na abertura do evento ‘FPSO Supply Connections Brazil Offshore Energy Sector’, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e Associação Brasileira das Empresas de Economia do Mar (Abeemar).

Magda alertou para a necessidade do setor caminhar junto, olhando para as lições aprendidas em outros ciclos para evitar novos ‘voos de galinha’. Ela sugeriu calibrar o que a indústria já é capaz de entregar e buscar parcerias para aumentar a curva de aprendizado. “A Petrobras está profundamente comprometida em contribuir para impulsionar a indústria brasileira e acredita na capacidade do fornecedor nacional de gerar emprego e renda e alavancar negócios que dinamizam a economia”, avaliou.

Na sequência, a diretora de engenharia, tecnologia e inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, disse que acredita no desenvolvimento da cadeia de suprimentos brasileira e na ambição do mercado fornecedor poder se tornar pujante a nível mundial. Renata acrescentou que o Brasil já é exportador de itens de valor agregado, como árvores de natal de plataformas. Ela também citou o mapeamento da capacidade dos estaleiros nacionais feito em parceria com o IBP. “Esperamos que, no futuro, não precisemos de conteúdo local porque o mercado nacional será tão bom e tão competitivo que será natural fazer no Brasil, inclusive encomendas do exterior aqui no Brasil”, disse Renata.

A diretora destacou que existe uma carteira de projetos de US$ 77 bilhões somente na área de exploração e produção, prevista no plano de negócios 2025-2029 da Petrobras. “Temos que ter consciência do que podemos fazer, do que ainda não conseguimos fazer e fazer parcerias com quem consegue fazer isso hoje. E, quem sabe no futuro, conseguir fazer no Brasil. O objetivo é fomentar parcerias para conseguirmos cada vez mais no Brasil”, projetou Renata.

O atual plano de negócios prevê para o quinquênio a contratação de 11 FPSOs, cerca de 30 novas sondas, além de aproximadamente 90 embarcações de apoio offshore para dar suporte às operações de exploração e produção. A Petrobras também tem expectativa de que 200 mil toneladas de módulos sejam executados em estaleiros brasileiros para as plataformas previstas até 2029, que já se encontram em fase de implantação.

Fonte: Revista Portos e Navios