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Clippings - 11/04/25

Petrobras quer dobrar a Bacia de Campos em uma década

A produção diária da região deve saltar dos atuais 500 mil barris de óleo equivalente para 1 milhão de boe, a partir de um investimento de US$ 23 bilhões e perfuração de mais 120 poços

Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras (Foto: Tomaz Silva Agência Brasil)

A Petrobras planeja dobrar a produção de petróleo e gás natural na Bacia de Campos em uma década. A ideia é passar dos atuais 500 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) para 1 milhão de boed até 2035. Esse volume significa um salto, mas não o suficiente para elevar a região ao patamar dos tempos áureos, quando eram extraídos 1,8 milhão de boe diariamente. 

Para isso, a Petrobras desenvolve um programa de recuperação da Bacia de Campos, um investimento de US$ 23 bilhões até 2029. A expansão vai acontecer por meio da revitalização de campos maduros e também com descobertas. O plano é perfurar mais 120 poços, além dos 53 já perfurados nos últimos quatro anos. 

A região exige um esforço no aumento do fator de recuperação dos campos, de acordo com a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos. Na média deles, apenas 17% das reservas foram produzidas. Em campos maiores, como o de Marlim, o fator de recuperação é de 46%. A meta, nesse caso, é ultrapassar o marco de 50%. 

“A Bacia de Campos é uma escola de aprendizado. A gente chamava no passado de ‘a vaca leiteira’. É a bacia que pagou tudo isso, que sustentou os recursos para irmos para a Bacia de Santos. Olhamos para a Campos com todo cuidado. As lições aprendidas estão sendo aplicadas já na Bacia de Santos”, afirmou Anjos, no evento ‘A força do petróleo do Rio de Janeiro – um gigante energético’.

Em sua palestra, a executiva ressaltou que a estatal foi “proibida de voltar para o setor petroquímico e aos fertilizantes” por gestões anteriores, mas, no ano passado, o plano estratégico foi refeito e, atualmente, os segmentos ganharam importância no portfólio de negócios. 

Segundo Anjos, com uma produção de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural é possível abastecer uma planta de fertilizante nitrogenado. “Olhamos para os fertilizantes como parte da cadeia de disponibilização do gás. E a questão da petroquímica também. Só agora podemos elaborar isso. Retomamos o Complexo de Energias Boaventura (antigo Comperj) e vamos retomar a Rota 3”, disse Sylvia, acrescentando que a rede de transporte de gás tem potencial para prover a logística de novas descobertas do insumo.

Fonte: Revista Brasil Energia