O planejamento estratégico de 2025 a 2029 prevê um orçamento 8,82% superior ao do plano divulgado no ano passado. A área de Exploração e Produção continua liderando o investimento, com US$ 77 bilhões
A Petrobras vai investir US$ 111 bilhões de 2025 a 2029, alta de 8,82% frente aos US$ 102 bilhões previstos no plano quinquenal do ano passado. Desse valor total, US$ 98 bilhões são destinados a projetos em processo de implantação e outros US$ 13 bilhões para projetos em avaliação, que ainda dependem de estudos adicionais de viabilidade financeira.
As prioridades para os próximos cinco anos são a reposição de reservas, a produção crescente com menor pegada de carbono e a ampliação da oferta de produtos mais sustentáveis e mais qualificados. Na área financeira, o foco é ter uma geração de caixa superior aos investimentos e obrigações financeiras, além da manutenção do compromisso de apenas aprovar projetos com valor presente líquido (VPL) positivo.
A perspectiva é alcançar, no período, um caixa mínimo de US$ 6 bilhões; um intervalo de referência da dívida bruta de US$ 55 bilhões a US$ 75 bilhões, com convergência no patamar de US$ 65 milhões; e pagamento de dividendos conforme a Política de Remuneração aos Acionistas vigente.
A área de Exploração e Produção de óleo e gás continuará liderando os investimentos até 2029, com US$ 77 bilhões de orçamento. Em seguida, aparece o segmento de Refino, Transporte e Comercialização, com US$ 20 bilhões. Gás e Energia de Baixo Carbono vão ficar com US$ 11 bilhões e a área Corporativa, com US$ 3 bilhões.
A maior parte dos projetos ainda em estudo está concentrada em Gás e Energia de Baixo Carbono (US$ 8 bilhões) e no Refino (US$ 4 bilhões). Também falta definir projetos no valor de US$ 1 bilhão do E&P.
A divisão anual dos investimentos é de US$ 18,25 bilhões em 2025; US$ 19,6 bilhões em 2026; US$ 19,5 bilhões em 2027; US$ 20,9 bilhões em 2028; e US$ 19,7 bilhões em 2029.
Neste ano, a Petrobras voltou a se planejar para o longo prazo, até 2050, após seis anos. Mas, no documento divulgado ao mercado, a empresa não informa a previsão de investimento no período.
No documento ela diz que, nos próximos 25 anos, seu objetivo é “ser a melhor empresa diversificada e integrada de energia na geração de valor, construindo um mundo mais sustentável, conciliando o foco em óleo e gás com a diversificação em negócios de baixo carbono (inclusive produtos petroquímicos, fertilizantes e biocombustíveis), sustentabilidade, segurança, respeito ao meio ambiente e atenção total às pessoas”, como informa em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Fonte: Revista Brasil Energia