A atividade ainda depende de regulamentação, mas já é esperada a realização de um leilão no início de 2026. Enquanto isso, as empresas preparam os seus projetos. Uma opção é o uso de plataformas em fase de descomissionamento

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) projeta investimento de US$ 2 bilhões em eólicas offshore por empresas petrolíferas nos próximos anos, após a atividade ser regulamentada. Presidente da entidade, Roberto Ardenghy acredita que o setor petróleo deve liderar o surgimento dessa indústria no país. 

Cerca de 80% do dinheiro deve sair do setor de óleo e gás,  o equivalente a dois terços do total, segundo ele.  “A Petrobras já anunciou. A Shell já anunciou. A Equinor já faz esse investimento no Mar do Norte. A Total e outras. São empresas que já têm esse perfil fora do Brasil”, afirmou Ardenghy. 

As estimativas são baseadas em informações das petrolíferas e consideram uma capacidade de geração de 957 GW. 

Após a regulamentação da atividade, é esperada a realização de leilões de áreas pela ANP no início de 2026. O modelo seria o mesmo adotado pelo órgão regulador para ofertar blocos exploratórios e produtores de óleo e gás. 

De acordo com Ardenghy, faz sentido utilizar plataformas que seriam descomissionadas como parte da estrutura de geração eólica offshore. 

“Assim, não seria necessário colocar uma nova unidade para instalar os aerogeradores, que chegam a ser três vezes maiores do que os da eólica onshore”, disse o presidente do IBP, ressaltando que as empresas devem analisar os seus projetos individualmente ao longo de 2025.

Fonte: Revista Brasil Energia