Companhia também não descarta que os Memorandos de Entendimento – assinados com a Shell, Terminais Marítimos do Brasil (do grupo Dislub Equador), Complexo do Pecém e Ultracargo – se transformem em contratos de longo prazo
Os testes iniciais de destinação da produção da PetroReconcavo – a partir dos Memorandos de Entendimento (MoUs) assinados com a Shell, Terminais Marítimos do Brasil (do grupo Dislub Equador), Complexo do Pecém e Ultracargo – já poderão ser feitos ao longo de 2025, informou o vice-presidente Comercial e de Novos Negócios da companhia, João Vitor Moreira, durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre de 2024, realizada nesta sexta-feira (8).
Adicionalmente, o executivo explica que os acordos foram firmados pensando na busca por soluções de escoamento da produção da companhia no curto prazo, mas existe a possibilidade de firmar contratos pensando no longo prazo. “Os MoUs são o primeiro arranjo, para saber quem são os grandes players que vão estar conosco na busca por essas alternativas. A partir daí, avançaremos mais um pouco do ponto de vista de contratos e, até mesmo, de instalação de pilotos para que essas ideias originais se transformem em contratos de longo prazo”, complementou o CEO da PetroReconcavo, José Firmo, durante a teleconferência.
Segundo Firmo, o fechamento dos MoUs teve, como principal objetivo, a busca por resiliência e flexibilidade para o escoamento da produção. “Queremos ter alternativas de escoamento de tal forma que não tenhamos mais que fechar nossos campos de forma integral, como tivemos que fazer no último trimestre. E isso, obviamente, dentro de padrões de custo que sejam positivos para a companhia”, afirmou o CEO.
Os MoUs, anunciados ontem (7), visam o estabelecimento de diretrizes de cooperação no desenvolvimento de projetos de logística de escoamento, armazenagem e comercialização do petróleo produzido pela PetroReconcavo. O “MoU Pecém”, por exemplo, estabelece os termos e condições para a viabilização do escoamento de petróleo bruto produzido no Ativo Potiguar, no Rio Grande do Norte, para o Porto do Pecém, no Ceará.
Além dos MoUs, a PetroReconcavo também anunciou, recentemente, o investimento de R$ 340 milhões na construção de sua segunda unidade de tratamento de gás na Bahia, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) Miranga. A nova UPGN, com previsão de operação em 2027, terá uma capacidade de processamento de 950 mil m³/dia, com potencial de expansão para até 1,5 milhão de m³/dia.
A companhia poderá atingir uma autonomia no midstream no estado da Bahia ao somar a futura capacidade de processamento da UPGN Miranga com a Unidade de Tratamento de Gás (UTG) São Roque, disse Moreira à Brasil Energia.
Financeiro e produção
A PetroReconcavo registrou lucro líquido de R$ 159 milhões no 3T24, representando um aumento de 17% em relação ao 2T24 (R$ 136 milhões) e de 9% ante o 3T23 (R$ 145 milhões). Já a receita líquida alcançou R$ 850 milhões, com crescimento de 3% em relação ao trimestre anterior (R$ 826 milhões) e de 14% no mesmo período do ano passado (R$ 747 milhões). Por fim, o EBITDA foi de R$ 439 milhões, redução de 2% comparado ao 2T24 (R$ 447 milhões) e aumento de 16% versus 3T23 (R$ 377 milhões).
A companhia irá distribuir proventos de R$ 379 milhões, representando um dividend yield de cerca de 7,5%, em forma de dividendos (R$1,29 por ação) a ser pago em 26 de novembro de 2024. A produção média no terceiro trimestre do ano foi de 26,4 mil boed, permanecendo estável quando comparada ao último trimestre (26,2 mil boed) e representando uma redução de 6% ante o 3T23 (27,9 mil boed).
Fonte: Revista Brasil Energia