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Clippings - 17/05/21

Porto de Roterdã lidera projeto para soluções sustentáveis

O desenvolvimento de combustíveis renováveis é o motor por trás do projeto Magpie (Smart Green Ports as Integrated Efficient Multimodal Hubs), com o qual o consórcio liderado pelo Porto de Roterdã pretende oferecer soluções para transformar a cadeia logística do setor portuário rumo a um futuro mais limpo e sustentável. As mais de 45 entidades parceiras — entre autoridades portuárias, instituições de ensino e pesquisa e empresas privadas — vão desenvolver 12 projetos piloto, para testar energias renováveis, em especial hidrogênio verde, baterias elétricas, amônia e Bio-LNG, a versão “verde” do gás natural.

Além de Roterdam, integram o consórcio o Porto de Sines (Portugal), o Haropa Port (França) e o DeltaPort (Alemanha). A eles, se juntaram dez instituições de pesquisa e mais de 30 empresas de Holanda, Alemanha, França, Portugal, Dinamarca e Suécia. O Magpie, informalmente tratado de “porto verde”, foi premiado com um investimento de quase € 25 milhões da União Europeia, por meio do programa Green Deal 2020, que atua no sentido de incentivar os combustíveis renováveis em todos os modais.

A proposta vencedora trabalhou com a ideia de analisar as vantagens e desafios de cada combustível verde e, a partir daí, estabelecer qual se destina melhor a determinada atividade: se ao transporte marítimo, ao uso na própria instalação portuária ou se ao transporte dos produtos para outros. Os combustíveis que ainda não foram testados serão agora avaliados em termos de produção, transporte, armazenamento, distribuição (combustíveis) e carregamento (energia elétrica).

Um dos exemplos em estudos pelos consórcio é a operação de uma locomotiva elétrica movida a bateria que usa a energia de uma linha aérea tanto para força motriz quanto para recarregar sua própria fonte. Isso permite que ela possa, por exemplo, operar em áreas do porto sem as linhas áreas, como os pátios de triagem. Outras propostas analisam o uso de amônia como combustível de transporte ou de energia baseada em terra para navios atracados em bóias.

O Magpie também tem como meta fazer com que os parceiros aumentem a sustentabilidade de seus processos logísticos. O objetivo final do trabalho, segundo a proposta vencedora do prêmio da União Europeia, é apresentar um plano diretor que estabeleça como o transporte de, para e dos portos pode se tornar livre de carbono até 2050, e o que precisará ser feito nas décadas de 2030 e 2040 para chegar lá. Todos os resultados das pesquisas e testes do consórcio serão disponibilizados para outros portos interessados.

Fonte: Revista Portos e Navios