Em debate promovido ontem, dia 6, pelo Sindicato Nacional de Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) sobre o atual mercado de trabalho para a categoria, o presidente da Transpetro, Sergio Machado, deixou claro que as discussões sobre o assunto devem levar em conta o novo momento vivido pela indústria naval no Brasil, revitalizada depois de uma crise que durou décadas.

“O Brasil, não só no campo do petróleo, mas em termos gerais, exerce um papel de importância crescente entre as nações. Estamos nos transformando, por exemplo, em exportadores de petróleo, e com as novas descobertas e a exploração da camada do pré-sal, demandas crescentes vão surgir em transporte e logística. As previsões que se fazem sobre o mercado de trabalho na marinha mercante precisam ser discutidas à luz dessa premissa”, ressaltou Machado.

O Sindmar convidou as principais entidades ligadas ao setor para apresentar os resultados do estudo Projeções e Cenários para o mercado de oficiais de marinha mercante até 2013. Segundo o estudo, realizado por professores do Departamento de Estatística da UERJ, a oferta e a demanda deste mercado deve manter uma linha de equilíbrio nos próximos anos.

O presidente da Transpetro elogiou a iniciativa do Sindmar e disse que o Brasil não tem escolha: em razão do cenário que se desenha, o país vai precisar de mais navios nos próximos anos:

“Só teremos de escolher se serão navios próprios ou de terceiros. E um país com 8 mil kms de costa e 42 mil kms de rios navegáveis, se quiser ser de fato soberano, precisa ter sua própria e poderosa marinha mercante, com tripulação brasileira. Não podemos nos esquecer que hoje 95% do nosso comércio internacional são feitos por mar. Deste total, menos de 5% são operados por armadores brasileiros”.

Os presidentes do Syndarma (Sindicato Nacional de Empresas de Navegação Marítima) Hugo Figueiredo, e do Sindmar, Severino Almeida Filho, disseram “concordar integralmente” com as palavras do Presidente da Transpetro.

“O importante é que todos, a Diretoria de Portos e Costas, os sindicatos, a Transpetro e os armadores privados estão caminhando na mesma direção, plenamente conscientes do novo momento que o país e a nossa indústria naval estão vivendo e das crescentes demandas e oportunidades geradas por este cenário”, ressaltou Sergio Machado. (Com informações Assessoria de Imprensa)