Licença autoriza a perfuração de até 11 poços, sendo cinco contingentes, no campo de Wahoo, na Bacia de Campos. A companhia estima investimentos totais de US$ 850 milhões

A PRIO recebeu, no final de fevereiro (28), a licença de operação do Ibama que autoriza a perfuração de até 11 poços (sendo quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes) no campo de Wahoo, na Bacia de Campos, a partir da sonda Hunter Queen, que foi adquirida pela companhia em 2022. Com isso, a PRIO iniciará a mobilização da sonda para a campanha de perfuração que, inicialmente, contempla somente os quatro poços produtores e os dois injetores.
A empresa estima cerca de US$ 850 milhões em investimentos no projeto de Wahoo. O campo é operado pela PRIO com 64% de participação, em parceria com a IBV Brasil Petróleo (35%), e está localizado a aproximadamente a 110 km a leste da cidade de São João da Barra (RJ), em lâmina d’água que varia de 900 m a 1,6 mil m. A PRIO adquiriu, em 2021, a participação da bp e da TotalEnergies para operar Wahoo, que foi descoberto em 2008.
Segundo dados da ANP, o campo possui cinco poços perfurados, mas nenhum está em operação. Para torná-lo viável economicamente, a PRIO pretende conectar os poços de Wahoo ao FPSO Valente (antigo FPSO Frade), que opera no campo de Frade, também localizado na Bacia de Campos, a uma distância de 32 km, por meio de um tie-back. O FPSO Valente possui capacidade de processamento de 100 mil bpd e de armazenamento de até 1,5 milhão de barris, além de estar conectado à malha de gasodutos nacional.
A próxima etapa do projeto de Wahoo inclui a avaliação do Estudo de Impacto Ambiental – crucial para emissão da licença prévia e para a licença de instalação da infraestrutura submarina que viabilizará a produção. “Enquanto damos os próximos passos com relação ao licenciamento, seguimos fazendo adequações no FPSO de Frade para acomodar a nova produção”, afirmou Francilmar Fernandes, diretor de Operações da PRIO, em comunicado.
O primeiro óleo de Wahoo estava previsto para agosto de 2024. No entanto, devido ao não recebimento das licenças ambientais ao longo deste período, a PRIO decidiu, no ano passado, adiar o início das operações e não firmar uma nova data oficialmente. “Wahoo é a nossa prioridade e um projeto para o qual estamos preparados há bastante tempo. Além de aumentar nossa produção em até 40 mil bpd, sua operação movimentará a economia com empregos e futuramente com a geração de mais de R$ 4 bilhões de royalties para o Espírito Santo e para a União ao longo de sua vida”, destacou Roberto Monteiro, CEO da PRIO, também em comunicado.
Fonte: Revista Brasil Energia