Empresa estima comercializar 78 milhões de barris de petróleo no 5º Leilão de Petróleo da União. A PPSA também planeja realizar o 1º Leilão de Gás Natural da União no ano que vem, no quarto trimestre
A PPSA vai realizar o 5º Leilão de Petróleo da União no dia 25 de junho de 2025 na B3, em São Paulo, a partir das 10h, informou o Superintendente de Comercialização da empresa, Guilherme França, durante o Fórum Técnico PPSA, realizado na tarde desta quinta-feira (5) no Prodigy Santos Dumont.
A empresa estima comercializar 78 milhões de barris de petróleo a partir da produção da União dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Norte de Carcará. O volume é mais do que o dobro do 4º Leilão de Petróleo da União, que ofertou 37,5 milhões de barris de petróleo referentes à produção estimada da União em 2025 dos campos de Mero e Búzios em julho deste ano.
O edital do 5º Leilão de Petróleo deve ser divulgado em março de 2025. O maior volume de cargas virá do campo de Mero: 51,5 milhões de barris a serem comercializados em 12 meses. O segundo maior lote é o de Norte de Carcará. O campo tem início de produção agendado para 2025 e o leilão comercializará 12 milhões de barris da União em 18 meses. Os lotes de Itapu (6,5 milhões) e de Sépia (4,5 milhões) também serão de 18 meses, enquanto Búzios (3,5 milhões) será de 12 meses.
Segundo Samir Awad, diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, a ideia é fazer com que os leilões sejam previsíveis para a indústria, de modo que os proponentes possam se antecipar e que os contratos sejam anuais.
“Queremos ter uma data coroada na indústria, por isso estamos fazendo, novamente, no meio do ano. A nossa produção não para de crescer, e quanto mais a gente conseguir se antecipar, mais os proponentes poderão se preparar para os leilões. E, talvez, a gente não tenha mais contratos de 18 meses. Se essa data ficar na cabeça de todo mundo, poderemos fazer um contrato de um ano a cada ano, mudando somente o tamanho do lote, o volume”, informou Awad.
Os volumes são estimativas atuais da parcela de petróleo da União em 2025 e 2026 nestes campos, e poderão ser revistos até a publicação do edital para uma projeção mais refinada. Ao arrematar um lote, o comprador terá disponível todas as cargas nomeadas a partir de julho de 2025 ou janeiro de 2026, conforme o contrato, ainda que o montante total seja maior ou menor ao volume estipulado no edital. As cargas comercializadas no 4º Leilão de Petróleo da União para o ano de 2025 não fazem parte destes volumes.
Leilão de gás
França também anunciou que o 1º Leilão do Gás Natural da União está previsto para acontecer no quarto trimestre de 2025. Segundo ele, a estimativa é de que a União disponha de até 300 mil m³/dia em 2026 e de 1,3 milhão de m³/dia para ofertar ao mercado até 2027. Estas estimativas não consideram o fator de rendimento das UPGNs, o que significa que parcela desse gás será transformada em GLP e líquidos.
A produção é relativa aos contratos de partilha de Búzios, Sapinhoá, Sépia e Atapu, além da participação da União com área não contratada nos acordos de individualização da produção de Tupi e Atapu.
“Estamos neste momento analisando a contratação do Sistema Integrado de Escoamento (SIE) e do Sistema Integrado de Processamento (SIP), necessários para a realização do leilão. São contratos complexos e estamos avaliando, inclusive, a possibilidade de assinar o contrato e fazer uma cessão de direitos no processamento. O que for mais atrativo para a União”, explicou França.
“A produção de gás é pequena. Mas temos um compromisso com o ministro de Minas e Energia, com o Gás para Empregar, com o Gás para Todos de promover, através da PPSA, um leilão de gás. O importante, agora, é materializar esse primeiro passo. A ideia é a gente vender, provavelmente, contratos de um ou dois anos”, completou Awad. Por fim, Guilherme informou que existe uma tendência de fazer um leilão spot das cargas de Itapu, Atapu e Sépia, provavelmente em abril do ano que vem.
Fonte: Revista Brasil Energia