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Clippings - 25/02/25

Saipem e Subsea7 assinam MoU para possível fusão

Nomeada como Saipem7, a provável nova empresa terá carteira de pedidos de € 43 bilhões (R$ 257,7 bilhões) e receita de cerca de € 20 bilhões (R$ 119,8 bilhões). A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2026

O acordo prevê a incorporação da Subsea7 pela Saipem (Foto: Divulgação Saipem)

A Saipem e a Subsea7 assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para uma possível fusão entre as duas empresas. No comunicado divulgado no domingo (23) por ambas, o acordo prevê a incorporação da Subsea7 pela Saipem, e o novo nome previsto será “Saipem7”.

A conclusão é esperada para acontecer no segundo semestre de 2026. Com a possível combinação entre as empresas, a carteira de pedidos terá € 43 bilhões (R$ 257,7 bilhões) e receita de cerca de € 20 bilhões (R$ 119,8 bilhões). A sede da empresa é prevista para ser em Milão (Itália), com as ações listadas na bolsa de valores de Milão e Oslo (Noruega).

A proposta ainda está condicionada à conclusão da due diligence confirmatória pelas partes, à execução de um acordo de fusão mutuamente satisfatório e à aprovação dos termos finais da combinação proposta pelo Conselho de Administração da Saipem e da Subsea7. Além disso, o acordo está sujeito à aprovação necessária do governo italiano e as autorizações regulamentares habituais.

O MoU também prevê direitos de rescisão para cada uma das empresas em conexão com descobertas materiais no contexto da due diligence confirmatória, ou mediante o pagamento de uma taxa de separação, caso qualquer uma das empresas deseje encerrar as negociações a seu critério antes de entrar no Acordo de Fusão.

Investimentos e estruturas da Saipem7

Os acionistas de ambas as empresas deterão 50% cada um do capital social da empresa combinada. Já os acionistas da Subsea7 receberão 6.688 mil ações da Saipem para cada ação da Subsea7 detida, bem como a companhia norueguesa distribuirá um dividendo extraordinário por um valor igual a € 450 milhões (R$ 2,6 bilhões) imediatamente antes da conclusão.

No terceiro ano após a conclusão, são esperadas sinergias anuais de aproximadamente € 300 milhões (R$ 1,79 bilhão), devido à otimização da frota, compras, vendas e marketing e eficiências de processo. Além disso, com custos pontuais para alcançar essas sinergias de aproximadamente € 270 milhões (R$ 1,61 bilhão).    

Depois da conclusão do negócio, espera-se que a Saipem7 pague um dividendo de pelo menos 40% do Fluxo de Caixa Livre após o pagamento dos passivos de arrendamento. O MoU permite que a Saipem e a Subsea7 façam distribuições aos acionistas de até US$ 350 milhões cada em 2025, na forma de dividendos.

Se a combinação proposta não for concluída antes da aprovação dos resultados do ano de 2025 da Saipem e da Subsea7, as duas empresas poderão distribuir cada uma por meio de dividendos pelo menos US$ 300 milhões.

Um outro MoU foi assinado em separado entre a Siem Industries (maior acionista da Subsea7), a Eni e a CDP Equity (maiores acionistas da Siem), a fim de apoiar esta transação e concordando com os termos de um Acordo de Acionistas, a ser efetivo a partir da conclusão da combinação. 

Neste memorando, há a previsão de bloqueio e suspensão de três anos para os acionistas e a apresentação de uma lista comum para a nomeação da maioria dos membros do conselho de administração da empresa combinada. 

A ideia é que a Siem Industries aponte o presidente da Saipem7 e as outras duas apontem o CEO. Até o momento, o possível nome escolhido para CEO é Alessandro Puliti, o atual diretor executivo e gerente geral da Saipem.   

A Saipem7 terá em sua estrutura quatro negócios: Engenharia e Construção Offshore, Engenharia e Construção Onshore, Infraestruturas Sustentáveis e Perfuração Offshore. O primeiro negócio será incorporado em uma empresa operacionalmente autônoma, chamada Subsea7 e com a marca “Subsea7 – a Saipem7 Company”.

A previsão é que John Evans, atual CEO da Subsea7, seja o CEO deste negócio. Neste haverá todos os negócios da Subsea7 e os negócios de Serviços Baseados em Ativos da Saipem. A empresa será sediada em Londres. 

Em relação aos outros negócios, a Engenharia e Construção Onshore terá foco na redução do risco geral e na maximização da lucratividade; o de Infraestruturas Sustentáveis terá como objetivo consolidar sua presença no mercado italiano com potencial expansão no exterior; e a divisão de Perfuração Offshore buscará continuar a maximizar seu EBITDA e fluxo de caixa.

Como justificativa para a fusão, as empresas destacam que terá soluções abrangentes para os clientes, com uma gama de serviços offshore e onshore; uma frota expandida de mais de 60 embarcações de construção, com possibilidade de operações em águas rasas até operações em águas ultraprofundas. 

“A administração da Saipem e da Subsea7 compartilha a convicção de que há uma lógica convincente na criação de um líder global em serviços de energia, particularmente considerando o tamanho crescente dos projetos dos clientes. A Saipem e a Subsea7 são altamente complementares em termos de ofertas de mercado e geografias”, justificaram as companhias em comunicado.

Fonte: Revista Brasil Energia