A Technip e a FMC Technologies começaram a operar como uma só empresa nesta terça-feira (17/1), após a conclusão da operação de fusão. A TechnipFMC terá valor de mercado estimado em US$ 13 bilhões, com um portfólio de soluções para os segmentos submarino, de superfície, onshore e offshore.

No Brasil, a nova companhia deve ser comandada por Nelson Leite, agora ex-presidente da FMC Technologies no país e membro da diretoria executiva do IBP. Ele substituirá o até então country manager da Technip no Brasil, Adriano Novitsky. O CEO mundial será Douglas Pferdehirt, ex-CEO da FMC Technologies.

A TechnipFMC nasce com quase US$ 2 bilhões em contratos ativos diretos com a Petrobras. A maior parte desse volume (87%) é referente a serviços prestados sobretudo pela Technip, como afretamento e operação de PLSVs e LHs (line handlers).

Os contratos para fornecimento de equipamentos somam cerca de US$ 235 milhões e são atendidos, em sua totalidade, pela FMC Technologies. O principal deles prevê a entrega de sobressalentes para manifolds do pré-sal, da ordem de US$ 160 milhões.

O maior volume de contratos ativos teve início em 2014, somando US$ 871 milhões. Em 2015, o montante total de contratos iniciados caiu para apenas US$ 3,8 milhões, numa queda de 100%, mas, no ano seguinte, voltou a subir, superando a casa dos US$ 200 milhões.

Cerca de 50% do volume total de contratos ativos (US$ 846 milhões) têm previsão de término em 2019. Todos, no caso, são contratos de afretamento e operação de PLSVs da Technip, incluindo os dois em consórcio com a Odebrecht (Top Coral do Atlântico e Estrela do Mar).

A companhia francesa produz atualmente linhas flexíveis para os campos de Lula Alto, Iracema Norte e o TLD de Libra, operados pela Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos. Já a FMC Technologies foi a escolhida pela estatal para entregar árvores de natal molhadas para os testes de Libra.

Busca por eficiência

Uma das metas da nova companhia será se envolver em fases iniciais dos empreendimentos de óleo e gás, fornecendo soluções integradas a fim de simplificar a arquitetura de campos e a tomada de decisões.

“Avançaremos com a criação de soluções de maior custo benefício nos próximos anos”, afirmou o presidente executivo e do comitê de Estratégia da TechnipFMC, Thierry Pilenko.